Neste sábado, 6 de maio, a monarquia britânica fez uma demonstração de força com a festa que ocupou todos os jornais e veículos de comunicação do mundo.
Porém, o que está por trás desse evento não é nada disso. Apenas um terço dos britânicos acha que a monarquia é importante e apoiam o regime de poder. Ela está evidentemente cada vez mais fraca.
O desafio que se inicia para o Rei Charles III em seu reinado – que será curto, considerando sua idade – é o que fazer para manter a confiança na monarquia, que cai muito conforme a idade da população.
Os mais jovens não aceitam a monarquia. Ontem, o que se via nas ruas de Londres eram jovens segurando cartazes com os seguintes dizeres: “Not my King” (não é meu Rei), em uma clara demonstração de insatisfação com a monarquia.
Vale lembrar que o país está com uma inflação altíssima, como nunca vista antes, e que o “banco central Inglês” – o Banco da Inglaterra -, foi o responsável pela elevação da taxa de juros.
Boa parte da população também se sente descontente com o BREXIT.
Para quem não se lembra, o BREXIT foi o termo utilizado para definir a saída do Reino Unido da União Europeia.
O BREXIT na verdade se trata do primeiro experimento de fake News elaborado pela extrema direita. Foi ela que encabeçou o pedido de separação. Os resultados econômicos disso todos conhecem.
Mas, voltando à cerimônia deste sábado, 6, que, para além de ocupar os holofotes mundiais, explicitou um grande problema familiar…
Príncipe Harry renegado – após decidir abdicar de seus compromissos reais -, ocupou a terceira fila de convidados, junto com suas primas, filhas dos outros irmãos do agora Rei Charles III. Ele também não apareceu na tradicional foto da sacada, no Palácio de Buckingham.
Acabou que quase ninguém conhecia as pessoas que estavam na sacada, desta vez. Um monte de desconhecidos, com exceção do Rei e da agora Rainha, isso mesmo, rainha Camila Parker.
Camila Parker é aquela figura controversa no Reino Unido que foi de amante à Rainha. Todos conhecem a história, inclusive a Rainha Elizabeth II que já havia concedido o título de Rainha Consorte à Camila, mas o Rei Charles III a entitulou de Rainha, simplesmente, contra a vontade da falecida mãe.
O próprio Duque de Edimburgo, o príncipe Philip, foi o marido e Consorte Real da rainha Elizabeth II. Sempre com esse título.
Rei Charles retirou essa especificação para a Rainha Camila, que tem uma popularidade extremamente baixa e nenhum trabalho social relevante que possa chamar de seu que possa reverter a situação.
Haja questão para essa tal de monarquia britânica lidar, além de ter que encontrar uma forma de se renovar.
O próximo na linha de sucessão é o príncipe William – aquele com popularidade maior que a do pai, e que ainda constituiu a “família perfeita” -, filho da Lady Di.
Diana que, pasmem, mesmo falecida há quase 26 anos, deixou um legado de fãs e admiradores que ontem também fizeram questão de se manifestar. A princesa inesquecível foi lembrada de diversas formas, sendo a principal delas: como seria se “ela” tivesse se tornado rainha?
No meio disso tudo, qual é a vantagem do que propõe a gestão de Rei Charles III? É que ele é um ambientalista. Isso o torna mais atual do que nunca, mostrando que, apesar de ultrapassado em diversos conceitos, está totalmente atualizado com a maior preocupação da sociedade atualmente: a preservação do meio ambiente.
O papel dele como ambientalista (que sempre exerceu) vai continuar fortalecendo essa pauta. Tanto que a primeira coisa que ele falou ao ver Lula foi: “Você precisa cuidar da Amazônia”. Lula respondeu: “Você precisa me ajudar”.
Lula, que esteve na cerimônia de coroação, já conseguiu a entrada do Reino Unido no Fundo da Amazônia com um cheque de quinhentos milhões de reais. É um novo reinado, agora começando para valer.