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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A mais importante lição do presidente do Chile para Lula

Ou... de um esquerdista para o presidente brasileiro

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2023, 20h19 - Publicado em 30 Maio 2023, 19h54

“Não pode varrer para debaixo do tapete ou fazer vista grossa para questões que, para nós, são princípios importantes. Manifestei respeitosamente que tinha uma discrepância com o que o presidente Lula afirmou ontem, no sentido de que a situação dos direitos humanos na Venezuela era uma construção de narrativa. Não é uma construção de narrativa. É uma coisa real e séria. Exige uma posição firme e clara de que [os] direitos humanos devem ser respeitados sempre. As violações […] na Venezuela não são uma construção narrativa, são uma realidade e eu tive a oportunidade de presenciar isso”.

“Princípios”!

Assim, de forma contundente, o presidente do Chile, Gabriel Boric, deu uma importante lição em Lula, que relativizou os horrores cometidos pelo regime chavista. Para o presidente do Brasil, Nicolás Maduro deveria buscar mudar o que foi construído contra ele e a Venezuela, “vítimas de narrativas de antidemocracia e autoritarismo”.

Boric falava de valores universais, que estão acima dessa estúpida polarização direita X esquerda que, sob a justificativa de criar narrativas, só traz atrasos para o Brasil. Ser contra a tortura, contra violações de direitos humanos não deve estar – sob nenhuma hipótese –  condicionado a uma questão de afinidade ideológica. 

Vale para Jair Bolsonaro, vale para Lula.

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Aliás, isso “vale” desde a década de 1960, ainda em meados do século passado. Foram as convenções pós-segunda guerra mundial que passaram a linha definindo que não se pode perseguir por divergências políticas.

É estarrecedor que Lula não compreenda que a situação da Venezuela tenha se agravado muito em vinte anos, se comparada à época que ele chegou pela primeira vez ao poder, de braços dados com Hugo Chávez. O oficial militar de carreira (vejam a coincidência!) estava no comando há apenas quatro anos, mas já havia começado seu plano maléfico de perpetuação – à qualquer custo – da extrema-esquerda. 

Todo líder político da América Latina sabe hoje que existem muitas provas derrubando qualquer dúvida sobre o caráter ditatorial do regime chavista, assim como os atos do “companheiro” Maduro. Isso serve para qualquer um que já foi à Venezuela, também. Tapar os olhos para isso é rasgar os direitos mais elementares de um ser humano.

É a nova esquerda dando a mais importante aula à velha esquerda.

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