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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A maior enganação de Jair Bolsonaro nos últimos tempos

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 set 2023, 20h32 - Publicado em 18 set 2023, 20h24

Jair Bolsonaro conseguiu produzir uma enganação bem grande recentemente. Mais uma.

Em longa entrevista que deu, na qual outros fatos políticos eram mais importantes, o ex-presidente resolveu dizer que combate a propagação da ideia do AI-5 – ato mais violento da ditadura militar – entre seus seguidores.

Balela.

Bolsonaro sempre defendeu o ideário sanguinário do Ato Institucional Número 5 em sua carreira política, incluindo a tortura de opositores.

Para quem não sabe, o AI-5 foi a pior das ações da ditadura, cassando mandatos políticos e suspendendo quaisquer garantias constitucionais, o que mais tarde levou à institucionalização da tortura em quartéis do Exército, por exemplo.

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O líder da extrema-direita sempre aplaudiu isso enquanto construía a narrativa de que valia fazer qualquer coisa contra “comunistas”.

Nos últimos anos, quando começaram a pipocar manifestações antidemocráticas nas passeatas bolsonaristas, nada foi feito. O ex-presidente nunca pegou o microfone para chamar a atenção de seus seguidores mais radicais que defendiam o AI-5.

Fosse uma preocupação verdadeira, Bolsonaro teria usado as redes sociais (isso também nunca se viu) para combater a nefasta propaganda de um ato que ainda fechou o Congresso Nacional, cassou a possibilidade do habeas corpus, censurou a imprensa e levou à troca de ministros do Supremo.

Ocorre que, na entrevista, o ex-presidente garantiu que colocou “panos quentes”.

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“Botei panos quentes. Estava lá o cara [referindo-se a manifestantes] levantando a faixa a favor do AI-5. Conversa com ele, pergunta se ele sabe o que é AI-5. Não existe mais AI-5 desde a década de 1970. Eu dizia ‘para de focalizar nesses assuntos porque apenas traz coisas contra a gente’”. Ao longo do tempo, acabaram essas faixas. A gente vai educando o povo, para que as pessoas façam um protesto produtivo, e não provocativo”.

Foi Bolsonaro quem começou com as provocações sobre o regime militar. E quando viu seus seguidores brotando com placas como essa, nunca fez mea culpa ou as desincentivou.

É mentira, portanto, que ele quer um protesto produtivo, assim como é mentira que as faixas acabaram. Elas continuam por aí nas manifestações bolsonaristas. Como um pesadelo, que começou e continua justamente por causa do líder da extrema-direita.

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