O presidente Jair Bolsonaro tenta passar uma ideia aos seus seguidores de messianismo – de luta contra do bem contra o mal, de guerra ideológica, mas também de que está tentando combater o mal da inflação, da alta de preços.
Não é nem a luta do bem contra o mal, nem a luta contra a inflação.
É importante destacar o seguinte: nunca foi pela educação, nem pelo preço da gasolina. O que Bolsonaro quer é parecer que está agindo contra os dois últimos problemas de sua atrapalhada gestão.
Aliás, o presidente só pensa naquilo: a reeleição.
Ao intervir na Petrobras, Bolsonaro quer passar o recado de que é contra a inflação e de estar tentando evitar o aumento – ainda maior – nas bombas de gasolina e diesel.
Quer parecer que está trabalhando pela classe média e os mais pobres, a fatia maior do eleitorado – e que entende a bronca que todo mundo está da conta salgada na hora de encher o tanque.
Ao demitir (claro que foi uma demissão) o ministro da Educação, ele quer se afastar dos vários crimes flagrados na pasta, incluindo as fotos no livro sagrado. Aquelas imagens ofendem muito o evangélico, uma de suas principais bases, profundamente.
Quer também parecer que não aceitou o escândalo de corrupção, especialmente num ano eleitoral.
Tá vendo? É a reeleição, caro leitor.