Ministros do Supremo Tribunal Federal estão irritados com a atuação de integrantes do governo Lula na aprovação pelo Senado da PEC que limita decisões monocráticas na Corte.
Segundo apurou a coluna, esses magistrados não gostaram nem um pouco do voto a favor da proposta dado pelo senador Jaques Wagner, líder do governo na Casa.
A reclamação se deve ao fato de que Wagner fez coro à provocação bolsonarista contra o STF, que passou a ser capitaneada recentemente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
O líder do governo acabou na última hora se posicionando favoravelmente à PEC, que passou com placar apertado na Casa. Eram precisos 49 votos, e a PEC foi aprovada nesta quarta, 22, com 52.
Como a coluna mostrou, Pacheco precisou fazer uma manobra na terça, 21, por falta de quórum, aprovando o regime de urgência da matéria para o dia seguinte, quando a maioria dos senadores estariam em Brasília.
O voto de Jaques Wagner jogou por terra a visão de que o governo Lula trabalhou contra a aprovação da PEC – antiga demanda da direita conservadora bolsonarista, que vê a Corte como ideologicamente ligada à esquerda.
Com exceção do líder do governo, os outros integrantes do Partido dos Trabalhadores votaram contra a proposta, assim como outros líderes no Senado – caso de Randolfe Rodrigues.