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‘Vou aposentar Lula e Bolsonaro’, promete coach que disputa a Presidência

Pré-candidato do PROS, Pablo Marçal, falou com exclusividade a VEJA sobre polarização, desafios da campanha e erros do passado

Por Diogo Magri Atualizado em 19 jul 2022, 19h09 - Publicado em 19 jul 2022, 10h22
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  • No dia 5 de janeiro de 2022, o coach goiano Pablo Marçal liderou um grupo de 32 pessoas inexperientes numa expedição para escalar o Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, em Piquete, no interior de São Paulo, sob condições meteorológicas adversas. A aventura terminou com o grupo se perdendo e precisando ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros, numa operação que durou nove horas. Marçal ainda pode ser acusado de tentativa de homicídio pelo Ministério Público de São Paulo e foi alvo de uma decisão judicial que o proibiu de levar grupos para fazer atividades externas na natureza.

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    Mais de seis meses depois de falhar em sua expedição inadequada, Marçal se sente preparado para governar o país. O coach de 35 anos foi lançado como pré-candidato à Presidência da República pelo PROS e, segundo o último Datafolha, tem 1% das intenções de voto. Em entrevista a VEJA, o pré-candidato admite os erros como parte do aprendizado, vê espaço para crescer entre quem não quer Lula nem Bolsonaro e diz que só voltará para casa quando estiver com a faixa de presidente no peito.

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    Por que o senhor decidiu se candidatar? Me candidatei porque o povo não aguenta mais populismo. Vejo uma janela aberta para alguém de fora da política mudar o país.

    Onde está essa janela? Se você perguntar para as pessoas, vai descobrir que ninguém colocaria seu patrimônio nas mãos de Lula ou de Bolsonaro. Um foi ladrão e o outro não consegue multiplicá-lo — os dois só sabem viver das tetas de uma grande leitoa chamada governo federal. Uma das minhas marcas pessoais é o crescimento. O Brasil precisa de um líder novo, sem rabo preso, que seja bom de articulação mas não precise negociar o Brasil dentro e fora do país.

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    Mas o senhor tem 1% das intenções de voto, enquanto Lula e Bolsonaro parecem bem consolidados na liderança das pesquisas. As próximas semanas são decisivas por conta das convenções. A corrida eleitoral vai ser um sprint de 100 metros, e quero ver quem tem mais energia que eu. Quando começar a campanha, eu não vou voltar para casa enquanto não estiver com a faixa de presidente. No marketing digital a gente domina, e temos modelado a campanha no mundo político com muita esperança. Tem uma dezena de partidos neutros que estão esperando nossa arrancada [para nos apoiar]. O que precisamos é nos tornar conhecidos, e isso será simples. Eu vou ser conhecido como a pessoa que aposentou Lula e Bolsonaro de uma vez só, isso vai ser magnifico.

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    A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a dizer que gostaria que o PROS apoiasse Lula já no primeiro turno, como fez em eleições passadas. Sem chances. Eu diria que é mais fácil o Lula me apoiar do que eu apoiar o Lula.

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    O senhor conta em sua equipe com o marqueteiro Michel Winter, que em 2018 esteve envolvido com as campanhas de Wilson Witzel no Rio de Janeiro e Romeu Zema em Minas Gerais, dois surpreendentes vitoriosos. Qual é a sua importância na campanha? Nós não temos marqueteiro, eu dou a direção de tudo que a gente faz. Temos um núcleo de 300 pessoas influentes, o Winter entre eles.

    Você se incomoda em ser comparado com o Cabo Daciolo, um candidato que chamou a atenção como nome alternativo em 2018? O brasileiro compara pessoas porque é uma cultura que não tem identidade própria. O Daciolo gastou 80 mil reais e teve mais de um milhão de votos; o Henrique Meirelles gastou 60 milhões de reais e ficou atrás dele. Então a comparação não me incomoda.

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    Candidato, você acha que o episódio do Pico dos Marins vai atrapalhar sua campanha? Não. O Brasil viu que sou corajoso, não sou orgulhoso e tenho respeito. A gente errou, aprendeu e ‘bora’ errar em outra coisa nova. O erro é um processo importante do aprendizado.

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