Subprocurador vê ‘profunda contaminação ideológica’ na PM do DF
Na peça em que pede prisão de oficiais da corporação, Carlos Frederico Santos diz que eles aderiram de forma dolosa aos atos de 8 de janeiro
O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA) do Ministério Público Federal, afirmou ver profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, “que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.
Na peça em que oferece denúncia e requer medidas cautelares contra integrantes da corporação, entre eles o comandante Klepter Rosa Gonçalves, o subprocurador apresenta relato detalhado das provas já identificadas na investigação e afirma que os denunciados “conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir” quando manifestantes bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro deste ano.
Ao todo, Carlos Frederico pediu sete prisões preventivas, além de buscas e apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas. Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cumpridos na manhã desta sexta-feira, 18. Além de Klepter Rosa, também são alvo de mandados de prisão o ex-comandante Fábio Vieira, além de Paulo José Ferreira Sousa Bezerra, Marcelo Casimiro Rodrigues e Rafael Pereira Martins.