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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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SP: Derrite fará queixa-crime contra conselheiro que o associou a Hitler

Presidente do Condepe, órgão ligado ao governo do estado, associou o secretário da Segurança Pública ao ditador nazista

Por Isabella Alonso Panho Atualizado em 3 jul 2024, 19h14 - Publicado em 3 jul 2024, 14h49

O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo e deputado federal licenciado pelo PL, Guilherme Derrite, vai entrar com uma queixa-crime contra Adilson Sousa Santiago, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), que o associou ao ditador nazista Adolf Hitler em uma publicação feita em rede social.

No começo da semana, Santiago publicou uma montagem de uma foto de Derrite com o bigode que Hitler usava, relembrando a frase dita pelo secretário em 2015, quando ele chefiava um batalhão da Rota, a tropa de elite da PM, de que era “vergonhoso” um policial militar não ter pelo menos três ocorrências de homicídio no currículo. Derrite depois admitiu que a declaração foi infeliz e pediu desculpas.

A publicação questionada também faz um trocadilho entre o nome dos dois, chamando o membro do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) de “Guilherme Dehitler”. Nesta terça-feira, 2, o presidente do Condepe compartilhou a montagem de novo, junto com uma notícia que falava sobre ela. Adilson Santiago tomou posse à frente do órgão no dia 17 de junho e deve permanecer no cargo por dois anos.

A decisão de entrar com a queixa-crime foi confirmada a VEJA por Derrite. De acordo com Alexandre Imbriani, advogado do secretário, a queixa, que será protocolada até quinta-feira, 4, vai apontar o crime de difamação, cuja pena é de três meses a um ano de prisão. “Compará-lo (Derrite) ao líder do regime nazista, responsável por uma das maiores tragédias da história da humanidade, descontextualizando uma fala proferida há quase dez anos e da qual já se retratou publicamente, caracteriza grave ofensa a sua ilibada reputação e imagem, adentrando a esfera dos crimes contra a honra e extrapolando, e muito, a liberdade de expressão”, afirma a defesa do secretário.

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Desavença

A promessa da ação penal não é o primeiro capítulo dos atritos entre Derrite e o Condepe — que é subordinado à Secretaria Estadual de Justiça, ou seja, também faz parte do governo do Estado. Em maio, o conselho fez uma representação ao Ministério Público em que acusa o secretário da Segurança Pública de improbidade administrativa por uma suposta falta de transparência nas informações sobre as dezenas de mortes ocorridas em operações da Polícia Militar no litoral paulista entre o ano passado e o início deste ano.

Em entrevista a VEJA, publicada na seção Páginas Amarelas, Derrite defendeu a atuação da PM na região. “É claro que não desejamos as mortes de criminosos, muito menos de policiais que se colocam em risco, mas não podemos viver em um mundo utópico, achando que os locais onde realizamos as operações não eram dominados pelo crime organizado. Os confrontos aconteceram, não por desejo nosso, mas por necessidade”, afirmou — leia a entrevista completa aqui.

Sobre as críticas feitas por órgãos de Estado, como a Ouvidoria e o Condepe, ele disse que elas eram feitas por “militantes ideológicos” e que todas as mortes ocorridas nas operações são alvos de apuração e que “o sistema de Justiça Criminal tem todas as ferramentas para comprovar algum excesso”. “Imagine que hoje todo mundo tem uma câmera no celular — se tivesse acontecido o que essas narrativas mencionaram, esses vídeos já teriam sido expostos”, disse.

 

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