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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Sob suspeitas, governo suspende leilão de arroz e secretário pede demissão

Decisão foi anunciada nesta manhã em meio a suspeitas de favorecimento de empresas ligadas a secretário

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jun 2024, 15h09 - Publicado em 11 jun 2024, 12h54
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  • Brasília, DF 14/03/2024 . Os Ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e o Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, falam com a imprensa após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
    Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e o presidente da Conab . Edegar Pretto (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

    O presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira, 11, que o órgão decidiu anular o leilão de arroz realizado na última quinta-feira, 6, para comprar arroz a preço tabelado e suprir uma eventual falta ou alta dos preços do produto em razão da tragédia climática pela qual passou o Rio Grande do Sul.

    O certame estava sendo questionado pela oposição, principalmente pela capacidade técnica das empresas que venceram a disputa. Também há muitas suspeitas sobre a relação do secretário de Política Agrária, Neri Geller, com sócios das empresas que intermediaram o certame — na manhã desta terça, Geller pediu demissão. “Ele colocou o cargo à disposição, e eu aceitei”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

    Segundo Pretto, o governo vai retomar os leilões após uma análise dos procedimentos. “Decidimos anular esse leilão e vamos revisitar os mecanismos que são estabelecidos para esses leilões. Com apoio da CGU e da AGU, pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham capacidade técnica e financeira”, disse Pretto, em entrevista no Palácio do Planalto.

    Segundo ele, um dos problemas era a desconfiança sobre a capacidade de as empresas vencedoras entregarem o produto. No leilão, o governo arrematou 263.730 toneladas de quatro empresas, a um custo de 1,3 bilhão de reais. “Não tem como a gente depositar dinheiro público sem termos as reais garantias de que o leilão e esses contratos posteriores serão honrados”, completou Pretto.

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    O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da decisão anunciada nesta terça. Ainda não há previsão de quando o novo certame vai ser realizado.

    Defesa

    Logo após anunciar a demissão de Geller, Fávaro defendeu o ex-secretário. “Quando o filho dele (Marcelo Geller) estabeleceu sociedade com a corretora, ele não era secretário de Política Agrícola. Portanto, não havia conflito ali. Não há nenhum fato que o desabone ou gere algum tipo de suspeita”, disse o ministro, que admitiu, em seguida, que o vínculo do ex-deputado gerou “transtorno”.

    Uma das ganhadoras do certame anulado é esta empresa, 'Quejo Minas', com apenas esta unidade em Macapá
    Uma das ganhadoras do certame anulado é esta empresa, Queijo Minas, com apenas esta unidade, em Macapá (Google Maps/outubro de 2022/Reprodução)

    Robson Luiz Almeida de França, sócio-proprietário da Foco Corretora de Grãos, intermediadora de três das quatro empresas que venceram o certame anulado, foi assessor parlamentar de Geller e sócio do filho dele em uma outra empresa. Entre as arrematantes da quinta passada, estão uma empresa de trading de Santa Catarina, uma de locação de veículos em Mato Grosso e uma de comércio de polpas de frutas de São Paulo. Há ainda uma quarta empresa, representada por outra corretora, que funciona como uma padaria no Amapá.

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