Sem porte de arma, Carlos Bolsonaro cita risco de morte: ‘A ameaça é real’
Após terceiro ataque a seu escritório político em menos de uma semana, vereador afirma que sua integridade física está em xeque
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) relatou pela terceira vez, nesta terça-feira, 12, ter sofrido ameaças a sua integridade física, com “risco de morte”. O segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro registrou mais um boletim de ocorrência na polícia após o seu escritório político no bairro de Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, ter sido atacado com pedras durante a madrugada pelo mesmo homem flagrado pelas câmeras de segurança nas duas outras situações, nos dias 7 e 8 de dezembro.
Em vídeo postado nas redes sociais, acompanhado de um desabafo, o parlamentar relaciona os ataques ao fato de ele não ter conseguido renovar seu porte de armas neste ano, após mudanças na legislação impostas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Vale ressaltar que tento renovar o porte desde o início do ano. A ameaça é real e pode vir de qualquer lugar”, escreveu.
Segundo Carlos, as ações têm “método”, apesar de serem efetuadas por um “cidadão considerado maluco”, razão pela qual é preso pela Polícia Civil e solto em seguida. “Mas ele já disse que um dos seus objetivos é dar um tiro na cabeça do Bolsonaro, e creio eu, por ser no meu gabinete, que esse Bolsonaro possa ser eu”, alertou o vereador, pedindo providências das autoridades pertinentes, como a Polícia Federal.
Em post publicado em suas redes sociais na semana passada, Carlos Bolsonaro diz esperar não precisar levar uma pedrada ou uma “facada” — em referência ao atentado sofrido pelo pai durante a campanha eleitoral de 2018 — para que as autoridades enxerguem os perigos pelos quais ele tem passado e lhe concedam o porte de arma. “Minha integridade física está em iminente risco!”
Por determinação do governo federal, o Rio tem o policiamento reforçado desde outubro por 300 homens da Força Nacional de Segurança. A pedido do governador Cláudio Castro (PL), aliado da família Bolsonaro, o apoio foi estendido até o fim de janeiro, mesmo sob críticas de especialistas que enxergam na ação mais uma resposta política do que efetiva quando o tema é segurança pública ou policiamento ostensivo.