Secretário de Ibaneis assumirá Justiça; André Mendonça volta à AGU
Próximo da bancada da bala, Anderson Torres já foi delegado da Polícia Federal e assessor parlamentar na Câmara dos Deputados
![Anderson Torres](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/09/andersontorres-960x639.jpg?quality=90&strip=info&w=960&h=639&crop=1)
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi anunciado como o novo ministro da Justiça. Ele foi convocado para uma reunião no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira, dia 29, na qual aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro.
Próximo de parlamentares da bancada da bala, Torres é ex-delegado da Polícia Federal e foi chefe de gabinete do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR), que também fez carreira como delegado da PF.
Torres já foi cotado para assumir a direção-geral da Polícia Federal na época em que o titular da Justiça era o ex-juiz Sergio Moro, com quem ele tinha atritos públicos. Um dos principais pontos de divergência era a transferência do chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Herbas Camacho, o Marcola, para o presídio federal de Brasília.
Torres também sempre foi um defensor da criação do ministério da Segurança Pública, que hoje está no guarda-chuva da pasta da Justiça e é uma bandeira antiga da bancada da bala.
O atual ministro da Justiça, André Mendonça, voltará ao posto de Advogado-Geral da União, que ficou vago com a saída de José Levi. Nos últimos meses, Mendonça recebeu diversas críticas por ter pedido a abertura de inquérito contra advogados e jornalistas críticos de Bolsonaro com base na Lei de Segurança Nacional, que foi instituída durante a ditadura militar.