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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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São Paulo: reunião com Nunes vai selar demissão de Marta da prefeitura

Prefeito antecipa saída de ex-prefeita de seu governo após tomar conhecimento, pela imprensa, de que sua secretária aceitou ser vice de Boulos

Por Adriana Ferraz Atualizado em 9 jan 2024, 19h08 - Publicado em 9 jan 2024, 17h32

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e a ex-prefeita Marta Suplicy vão se reunir nesta terça-feira, 9, para tratar da demissão da atual secretária de Relações Internacionais da prefeitura. O encontro, convocado às pressas, ocorre um dia após Marta aceitar o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retornar ao PT e ser vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), hoje o principal adversário de Nunes nas eleições de outubro.

Marta ainda não se pronunciou sobre a decisão de embarcar na campanha adversária. Aliados da ex-prefeita afirmaram a VEJA que ela havia pedido um prazo ao partido para conversar com Nunes, mas o prefeito resolveu se antecipar ao movimento da secretária para marcar posição e demostrar que não aceitará traição entre seus auxiliares. Apesar de não compor o núcleo duro do governo, a ex-prefeita sempre gozou de prestígio com Nunes, que a recebeu no MDB em 2015 e a apoiou em sua tentativa frustrada de retornar à prefeitura no ano seguinte.

Caminhos opostos

No cargo desde o início da atual gestão — a convite do então prefeito, Bruno Covas (PSDB), que morreu em maio de 2021 –, Marta se posicionou de forma contrária a Nunes nas eleições de 2022. Enquanto o atual prefeito apoiou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo do estado, Marta defendeu e fez campanha para o também ex-prefeito Fernando Haddad. Do mesmo modo, pediu votos para Lula, enquanto Nunes, apesar de não declarar em público sua posição, deu a entender que preferia a reeleição de Jair Bolsonaro.

O eventual apoio de Bolsonaro à tentativa de reeleição de Nunes, aliás, é o principal argumento de Marta para deixar o governo e compor a chapa adversária. Assim como em 2022, Marta tem afirmado a interlocutores que estará mais uma vez ao lado de Lula nas eleições. Pela lógica, estará também ao lado de Boulos. O parlamentar, assim como o PSOL, não se manifestaram ainda sobre a escolha do PT.

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Reunião com Lula

O embarque de Marta na campanha de Boulos foi sacramentado em reunião da ex-prefeita com Lula no Palácio do Planalto, na segunda-feira 8. O encontro foi intermediado pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente nacional do partido e um dos cardeais da legenda em São Paulo.

Apesar de decidir pela primeira vez não lançar candidatura própria, a disputa na capital paulista é prioridade para o PT e para Lula, que, em 2022, superou o então presidente Jair Bolsonaro na cidade e vê em Boulos chances reais de vencer o pleito. Marta seria uma escolha pessoal do presidente pela experiência e também pelo prestígio de que ela ainda goza entre a população, especialmente os moradores da periferia.

Se a articulação política for de fato concretizada, Marta voltará ao PT após uma janela de quase nove anos. A saída, bastante turbulenta, se deu em 2015, quando a então senadora votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. De lá para cá, integrou os quadros do MDB e do Solidariedade.

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