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Quem Santos Cruz agradeceu (e esqueceu) em sua carta de despedida

Ex-ministro só cita Bolsonaro para dizer que decisão de sua saída foi do presidente e desejar 'saúde, felicidade e sucesso' à família presidencial

Por Redação
13 jun 2019, 20h01
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  • Demitido nesta quinta-feira, 13, o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, divulgou uma carta que inclui agradecimentos a políticos, servidores da pasta, imprensa, instituições, empresas, organizações civis, entre outros – mas não a colegas de ministério e ao próprio Jair Bolsonaro.

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    O nome do presidente é citado duas vezes na carta: no início do texto, quando o general da informa que sua saída do governo foi uma decisão de Bolsonaro, e ao final, quando ele deseja “saúde, felicidade e sucesso” ao ex-chefe e sua família.

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    Além de Jair Bolsonaro, os únicos citados nominalmente na carta do ex-ministro são os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aos quais ele agradeceu “com especial destaque”. Ele também se dirigiu aos “excelentíssimos deputados e senadores, digníssimos representantes do povo brasileiro, pelo relacionamento profissional respeitoso, desejando sucesso no equacionamento e na solução das necessidades e anseios de todos os brasileiros”.

    O ex-ministro ainda agradeceu aos “governadores e prefeitos que deram a honra de trazer à Segov suas contribuições” e “à imprensa, de modo geral, pelo profissionalismo que sempre me trataram em todas as oportunidades”. A Ministério Público, Judiciário e Tribunal de Contas da União (TCU), ele agradece a “cortesia no relacionamento” e deseja “que sejam sempre iluminados em suas decisões”.

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    Santos Cruz foi demitido do governo em razão de divergências com as estratégias da equipe de comunicação da gestão Bolsonaro. Sua trajetória à frente da pasta foi marcada por atritos internos: com Fabio Wajngarten, que comanda a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo, discordava sobre o volume de investimentos em publicidade da reforma da Previdência e a respeito de entrevistas do presidente.

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    O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso, considerava o militar pouco afeito ao trato com parlamentares. O substituto de Santos Cruz, general Luiz Eduardo Ramos Baptista, é visto nos bastidores como alguém com mais traquejo para o diálogo com deputados e senadores.

    Leia abaixo a íntegra da carta do general Santos Cruz:

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    CARTA À IMPRENSA

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    Na oportunidade em que deixo a função de ministro da Secretaria de Governo (Segov) da Presidência da República, por decisão do Excelentíssimo Presidente Jair Messias Bolsonaro, expresso minha admiração e agradecimento:

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    – A todos os servidores da Segov, pela dedicação, capacidade e amizade com que trabalharam, desejando que continuem com a mesma exemplar eficiência;

    – Aos Excelentíssimos Deputados e Senadores, digníssimos representantes do povo brasileiro, pelo relacionamento profissional respeitoso, desejando sucesso no equacionamento e na solução das necessidades e anseios de todos os brasileiros, com especial destaque para o Excelentíssimo Senador Davi Alcolumbre (presidente do Senado Federal) e Excelentíssimo Deputado Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados);

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    – Aos Governadores e Prefeitos que deram a honra de trazer à Segov suas contribuições;

    – À imprensa, de modo geral, pelo profissionalismo que sempre me trataram em todas as oportunidades;

    – Às autoridades do Poder Judiciário, Ministério Público e do Tribunal de Contas da União, pela cortesia no relacionamento e nas oportunidades em que tive a honra de travar contato, desejo que sejam sempre iluminados em suas decisões.

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    – Às diversas instituições e organizações civis, empresas, servidores públicos, embaixadores e todos os cidadãos que travaram contato com o governo por meio da Segov;

    – Ao Presidente Bolsonaro e seus familiares, desejo saúde, felicidade e sucesso.

    CARLOS ALBERTO DOS SANTOS CRUZ

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