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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Quanto vai custar a manifestação de Bolsonaro na Avenida Paulista

Financiado pelo pastor Silas Malafaia, evento terá despesas com aluguel de trio elétrico, segurança e até banheiro químico

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 fev 2024, 15h30 - Publicado em 20 fev 2024, 14h58

Convocado por Jair Bolsonaro para o próximo domingo, 25, o ato que deverá reunir milhares de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, deixará uma conta salgada.

Segundo o pastor Silas Malafaia, patrocinador do evento, as cifras já estão entre 80.000 e 90.000 reais. As despesas incluem o aluguel de dois trios elétricos, vinte seguranças, banheiros químicos e água.

Os gastos, afirma, estão sendo inteiramente custeados por ele. Inicialmente, a ideia era que os recursos partissem da Associação Vitória em Cristo (Avec), presidida por ele — a entidade arrecada fundos por meio de doações de fiéis, além de promover cursos de formação religiosa e de prestar assistência social. Na última sexta-feira, 16, no entanto, o pastor foi às redes para anunciar que ele, pessoalmente, é quem custeará o aluguel do veículo e demais despesas, não a Avec — mesmo a organização prevendo em estatuto o financiamento de manifestações públicas, disse.

“Já acertei, sou eu que estou pagando. Minha conta bancária, com nota fiscal, tudo bonitinho. Não vou dar mole para Kojak. Tudo por minha conta”, declarou Malafaia a VEJA nesta terça-feira, 20.

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Lula x Israel

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a guerra Israel-Hamas, na Faixa de Gaza, ao Holocausto nazista da Segunda Guerra Mundial, também serão usadas como munição no evento — embora não seja esse o foco da mensagem de Bolsonaro aos apoiadores. Na última segunda-feira, 19, lideranças evangélicas, incluindo Malafaia, divulgaram carta em repúdio às falas.

“O Lula vai tomar uma pancada sobre isso, não vamos deixar passar. Nós estamos até agradecendo ele, porque é uma ajuda e tanta que está dando”, diz Malafaia. “Mas a manifestação não é para isso. É sobre Bolsonaro se defender e defender o Estado democrático de direito”, afirma o pastor.

As falas de Lula eclodiram em uma verdadeira crise diplomática do Brasil com Israel. Nesta terça, 20, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, elevou o tom das críticas e fez nova cobrança para que Lula peça desculpas por comparar as ações militares de Israel contra os palestinos em Gaza ao Holocausto.

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“Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?”, escreveu Katz no X, antigo Twitter.

STF e Moraes

Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, nesta terça-feira, 20, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que o ato é uma tentativa de Bolsonaro de buscar “apoio popular” em meio a “provas comprometedoras de ameaça e de ruptura do Estado de Direito e do Estado Democrático”.

Em aceno ao ministro Alexandre de Moraes, o decano declarou ainda que a Corte não recuará de cumprir sua função na apuração de possíveis arroubos antidemocráticos cometidos por Bolsonaros e aliados. A apuração sobre a tentativa de golpe está nas mãos de Moraes, que é relator do inquérito.

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“Não haverá constrangimento ao Supremo. O Supremo não mudará uma linha em relação a sua postura anterior. O Supremo sobreviveu a todos os ataques feitos por Bolsonaro e nós não nos afastamos uma linha do nosso afazer. A nossa sede foi destruída, o plenário foi atingido e a resposta foi moderada, mas firme. Quem comete atos ilícitos responda por eles”, acrescentou.

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