Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Polêmico, marco temporal volta à pauta do STF, enquanto avança no Senado

Presidente do Supremo, Rosa Weber incluiu o processo na sessão de quarta-feira, 30; governo tenta prolongar discussão no Congresso

Por Da Redação Atualizado em 13 Maio 2024, 22h34 - Publicado em 25 ago 2023, 13h01

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, marcou para a próxima quarta-feira, 30, a retomada do julgamento sobre o marco temporal das terras indígenas. A data foi definida após o ministro André Mendonça, que havia pedido vista em junho, devolver o processo. O caso é um dos que a ministra considera prioritários e que pretende votar até a sua aposentadoria, daqui a pouco mais de um mês.

O marco temporal é uma tese jurídica pela qual um território só pode ser demarcado se os povos indígenas provarem que já o ocupavam em outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Até o momento, o placar é de 2 votos contra, de Edson Fachin e Alexandre de Moraes, e um a favor, de Kassio Nunes Marques.

Caso a tese seja considerada constitucional, a estimativa é que mais de 100 territórios em processo de demarcação possam ser afetados. Entidades ligadas à causa indígena também se preocupam com uma provável contestação de áreas já homologadas.

Enquanto o Supremo caminha com o julgamento — com a tendência de se considerar inconstitucional a fixação de data –, o Congresso se movimenta em outra direção. Uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que fixa o marco temporal foi aprovado pela Câmara em maio. Na quarta-feira 23, a proposta também passou pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado e agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

O tema é de interesse da bancada ruralista, que tem feito pressão para que o texto caminhe, mas enfrenta a oposição de movimentos sociais, ambientalistas, indígenas, parlamentares de esquerda e do próprio governo Lula. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, na quinta-feira 24, que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu que o marco temporal também seja analisado pela Comissão de Direitos Humanos ou de Meio Ambiente, o que arrastaria mais a discussão no Congresso.

Continua após a publicidade

“A princípio, (o projeto vai para as Comissões de) Agricultura  e Constituição e Justiça. Para passar em outra comissão, é preciso que haja uma maioria com esse entendimento. Podemos considerar, mas evidentemente que esse é um exercício de maioria”, disse. Ele também defendeu que o projeto tramite “com celeridade” na CCJ e lembrou que o Senado já discute o tema há dezesseis anos.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.