Em patrulhamento preventivo, agentes da Polícia Militar do Distrito Federal encontraram uma mala em um gramado próximo ao Anexo C da Câmara dos Deputados. O objeto gerou preocupação nas autoridades que isolaram a Praça dos Três Poderes e acionaram a “Operação Petardo”, procedimento padrão em caso de suspeita de explosivos, e descartaram que a mala trouxesse uma nova bomba. A ação iniciou por volta das 10h15 desta sexta-feira, 15, e terminou um pouco mais de uma hora depois. Às 11h30, as vias já estavam liberadas.
Os agentes de segurança do Distrito Federal adotaram patrulhas preventivas frequentes após a explosão em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13. Francisco Wanderley Luiz, um empresário de Rio do Sul (SC), que tinha tentado ser vereador em 2020 pelo PL na esteira do bolsonarismo, tentou ingressar no STF com artefatos explosivos de fabricação caseira. Após ser visto pela segurança, ele se deslocou para frente da Estátua da Justiça, onde morreu após a explosão da bomba.
Em mensagens enviadas a amigos e familiares, Luiz disse que seu plano continha uma série de ataques, que iniciaram no dia 13 e terminariam no sábado, 16. Diante do alerta, autoridades têm feito varreduras em pontos estratégicos de Brasília para tentar descobrir se o homem plantou outras bombas. Em um dos endereços em que ele se abrigou na capital federal, Francisco deixou armadilha para os policiais em uma gaveta que explodiu após ser aberta.
No meio político, a explosão também repercutiu com uma má notícia para o bolsonarismo, uma vez que abalou os projetos que buscavam a anistia de envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Os filhos de Jair Bolsonaro, e o próprio ex-presidente, têm trabalhado para desvinculá-los do episódio e tentar manter as esperanças na revisão dos processo e das penas para os envolvidos no caso.