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PGR: críticas de Bolsonaro a urnas não são tentativa de embaraçar eleições

Vice-procuradora-geral da República atribui discurso à “liberdade de expressão” e diz que não há “potencial algum” para perturbar a eleição

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jun 2022, 19h14 - Publicado em 6 jun 2022, 13h11

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira, 6, ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de uma notícia-crime apresentada contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por um deputado do PSB. Com base em declarações dadas por Bolsonaro em abril e maio com suspeitas sobre o sistema de voto eletrônico do país, o deputado Professor Israel (PSB-DF) pedia a abertura de inquérito contra o presidente por quatro crimes: peculato, prevaricação, crimes contra o Estado Democrático de Direito e improbidade administrativa.

No evento “Ato Cívico pela liberdade de expressão”, em 27 de abril no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que “não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos ter uma maneira para a gente confiar nas eleições” e “poderemos ter eleições conturbadas. Imagine acabarmos as eleições e pairar para um lado, ou para o outro, a suspeição de que elas não foram limpas”. Diante das suspeitas, Bolsonaro sugeria a participação das Forças Armadas no processo de apuração. Em outro evento, em 16 de maio, ele declarou a empresários paulistas que as Forças haviam apontado mais de 600 vulnerabilidades no sistema de votação.

Para a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, contudo, as declarações do presidente “não se ajustam, sob nenhum prisma e sequer hipoteticamente, a qualquer conduta criminosa” e estão sob a liberdade de expressão. “A mera crítica ao sistema eletrônico e a pretensão de seu aperfeiçoamento não conduzem, como pretende o peticionante, a uma ‘tentativa sistemática de embaraço das eleições’”, afirma.

A auxiliar do procurador-geral da República, Augusto Aras, afirma que o discurso contém “meras críticas ou opiniões sobre o processo eleitoral brasileiro” e a necessidade, segundo Bolsonaro, de “aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação”. As melhorias no sistema, diz Lindôra, “só poderão ocorrer a partir do debate público de ideias, mesmo que delas se possa discordar”. Ela sustenta que medidas como a proposta pelo deputado do PSB, para “punição de pensamentos contrários”, não têm “lugar num Estado Democrático de Direito”.

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“No caso dos autos, um simples discurso, meses antes do período de preparação das urnas, não tem potencial algum para impedir ou perturbar a eleição ou a aferição do seu resultado, não viola nenhum mecanismo de segurança do sistema eletrônico de votação”, diz Lindôra na manifestação à ministra Rosa Weber.

No início da noite desta segunda, o deputado Professor Israel divulgou nota em que afirma que prepara uma “minuta contrária ao posicionamento da PGR, reiterando as justificativas usadas na notícia-crime contra o presidente da República”. “Esperamos que a Justiça entenda a seriedade do pronunciamento do chefe do Executivo e acate o pedido de investigação, essencial ao bom cumprimento do estado democrático de direito e da Constituição”, diz o parlamentar.

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