A Polícia Federal recebeu na tarde desta segunda-feira o primeiro gravador usado pelo empresário Joesley batista, dono da JBS, para registrar conversas comprometedoras com integrantes do governo. Joesley gravou o presidente Michel Temer em uma conversa em que o peemedebista dá aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, e ouve que o empresário teria corrompidos juízes e um procurador para blindar investigações contra o grupo empresarial que controla. De acordo com a Polícia Federal, ainda não foi discriminado a qual conversa esse equipamento se refere. Um outro gravador ainda deverá ser remetido à PF até esta terça-feira.
Segundo a Polícia Federal, os questionamentos apresentados pela defesa de Michel Temer e pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot sobre a edição dos áudios de Joesley Batista têm “elevado grau de complexidade” e, por isso, serão necessárias “análises metódicas e meticulosas”. Na perícia a ser feita Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, serão feitos três tipos de exames: análise de conteúdo, engloba a transcrição da conversa e a análise do áudio segundo a segundo; comparação de locutor e verificação de edições, que tem por objetivo apurar elementos indicativos de alterações ou adulterações.
Nesta segunda-feira, os advogados do presidente Michel Temer anunciaram que contrataram uma perícia particular para avaliar a integridade do áudio. O material também será examinado oficialmente pela Polícia Federal, que ainda não definiu um prazo para entregar os resultados da análise.