Assine VEJA por R$2,00/semana
Maquiavel Por José Benedito da Silva A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

PF de Manaus faz operação para investigar deepfake contra prefeito

Caso aconteceu em dezembro de 2023; prefeito David Almeida foi víitma de um áudio falso feito por inteligência artificial, que imitava a sua voz

Por Isabella Alonso Panho Atualizado em 9 Maio 2024, 10h31 - Publicado em 9 fev 2024, 10h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Polícia Federal (PF) de Manaus realizou uma operação na manhã desta sexta-feira, 9, para colher provas para a investigação de um deepfake (áudio falso feito por ferramentas de inteligência artificial) que circulou em dezembro de 2023, imitando a voz do prefeito da capital, David Almeida (Avante). Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão contra um designer, três empresas de publicidade e seus sócios e contra dois disseminadores do áudio.

    Publicidade

    Como mostrou VEJA, o uso desregulado da inteligência artificial para criar conteúdos falsos promete ser o inimigo da vez das eleições deste ano. O caso de Almeida é um paradigma nesse sentido — a forma como ele for punido pelas autoridades vai servir de régua para casos similares. O deepfake imitando a voz do prefeito continha xingamentos e impropérios aos professores da rede pública de ensino.

    Publicidade

    Em nota, Almeida pediu que o caso seja “punido exemplarmente” pela Justiça. “Não existe anonimato na internet, os responsáveis são sempre localizados”, afirmou o prefeito. Durante uma coletiva de imprensa nesta manhã, a Polícia Federal confirmou que o deepfake foi feito por profissionais, dentro de uma agência de publicidade que já prestou serviços para políticos.

    A operação desta sexta apreendeu computadores dos suspeitos e os intimou a depor na sede da Polícia Federal. De acordo com a corporação, além de colher provas, a operação também teve como objetivo identificar a cadeia de disseminação e produção do deepfake. Não existe, no Código Penal, um crime específico para a divulgação de notícias falsas, por isso o caso deverá ser enquadrado em outros crimes, como difamação ou fraude.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Contudo, dependendo do que a PF descobrir sobre a autoria do deepfake divulgado contra Almeida, o caso pode ser tratado na Justiça Eleitoral. Nessa legislação específica, a eleitoral, existem punições para a disseminação de conteúdos falsos. Há a possibilidade do inquérito de Almeida conter tanto um caso de abuso quanto do crime eleitoral de disseminação de fake news, cuja pena é de até um ano de prisão e multa. Dependendo da gravidade do que as investigações encontrarem, a penalidade pode levar à cassação da candidatura ou perda do mandato.

    Em paralelo a isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trabalha na confecção de regramentos específicos sobre o uso da inteligência artificial (IA) nas eleições. O texto, que passou por audiências públicas e vai ser votado no plenário da Corte, proíbe o uso da ferramenta sem uma identificação que deixe claro para o leitor que o conteúdo foi feito através de ferramentas de IA.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.