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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Pesquisa mostra economia como ‘calcanhar de Aquiles’ de Bolsonaro

Combate a desemprego e inflação, condução da taxa de juros e impostos são os setores mais mal avaliados do governo, segundo Ibope

Por Redação
24 set 2020, 17h54
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  • O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro
    O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

    Enquanto o porcentual de brasileiros que classificam o governo do presidente Jair Bolsonaro como “ótimo” ou “bom” bateu recorde na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 24, com 40%, o mesmo levantamento indica que as avaliações mais negativas a respeito da gestão recaem sobre a área econômica. Trata-se de um calcanhar de Aquiles nada desprezível e que pode acabar corroendo a popularidade presidencial, na medida em que a aprovação de um governante normalmente está atrelada ao bem-estar econômico da população.

    A política tributária é rejeitada por 67% (aprovação de 28%), a condução da taxa de juros tem 64% de reprovação (aprovação de 30%), o combate ao desemprego é reprovado por 60% (aprovação de 37%) e 56% reprovam o combate à inflação (aprovação de 38%). Meio ambiente, com reprovação de 57%, e saúde, com 55% nesse quesito, são as áreas que mais se aproximam da rejeição às políticas econômicas do governo. O único setor em que a aprovação supera a rejeição é a segurança pública (51% a 45%).

    Especialistas observam na pesquisa o fenômeno paradoxal de um governo com recorde de aprovação diante de políticas econômicas mal avaliadas. Embora Bolsonaro busque se vacinar contra os efeitos econômicos da pandemia empurrando a conta a prefeitos e governadores, e lance mão até de críticas públicas a medidas da equipe econômica liderada por Paulo Guedes, os analistas indicam que a separação entre prestígio pessoal do presidente e economia tende a reduzir, diante das incertezas sobre a recuperação econômica e o fim do pagamento do auxílio emergencial.

    “Aparentemente, ele tem conseguido ter um certo êxito, explicado em parte pelo colchão amortecedor junto ao grande público, uma população muito vulnerável e muito dependente do auxílio. Enquanto a população não sente as coisas ruins, há um descolamento entre as coisas mais impessoais, da economia, e a aprovação mais pessoal sobre o presidente. A questão é até que ponto, até quando, será possível esse divórcio”, diz o cientista político Rui Tavares Maluf.

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    Para o cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a erosão do prestígio de Bolsonaro pela economia pode ser acelerada. “As áreas que mais afetam a população, de emprego, renda, juros, são amplamente reprovadas e para isso chegar à figura do presidente é muito rápido, se ele não reverter rapidamente. Ao que parece, o prestígio pessoal do presidente ainda consegue suportar aquilo indicado como o fracasso do governo na área mais frágil, que é a economia”, avalia.

     

     

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