Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Pesquisa: maioria acha que Moro foi imparcial com o ex-presidente Lula

Segundo o Paraná Pesquisas, 59,2% acham que o ex-juiz foi isento ao condenar o petista, e 35,3% dizem o contrário; apoio ao ex-ministro é maior no Sudeste

Por Da Redação Atualizado em 11 mar 2021, 17h59 - Publicado em 11 mar 2021, 13h06

Levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 8 e 10 de março mostra que 59,2% dos brasileiros acreditam que o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi imparcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, que levou o petista à prisão e o tornou inelegível para a disputa presidencial de 2018. Outros 35,3% afirmaram que ele foi parcial e 5,5% não souberam ou não quiseram opinar.

O processo foi anulado, juntamente com outros três, na segunda-feira, 8, pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que entendeu que a 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada por Moro, não era o foro adequado para a tramitação do caso.

Além disso, Moro está sendo julgado por suspeição nesse processo pela Segunda Turma da Corte. A votação foi suspensa na terça-feira, 9, quando estava empatada em 2 a 2, depois que o ministro Nunes Marques pediu vista do caso. Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela parcialidade do ex-juiz, enquanto Cármen Lúcia e Fachin discordaram.

O levantamento do Paraná Pesquisas mostra que existe uma diferença significativa de opinião em relação ao papel de Moro de acordo com o grau de instrução dos entrevistados: o maior percentual dos que acham que ele agiu com isenção em relação a Lula (68,6%) foi registrado entre aqueles que têm ensino superior, enquanto a maior taxa dos que pensam o contrário (40,3%) está entre os que têm ensino fundamental.

Continua após a publicidade

Entre as regiões do Brasil também há uma diferença significativa. O Nordeste, um reduto eleitoral histórico do ex-presidente, é a região em que mais pessoas acham que Moro foi parcial — 41,8%. Mesmo assim, como no resto país, a maioria, 53,3% dos entrevistados, acredita na imparcialidade do julgamento. Não souberam responder ou não quiseram opinar 4,8% dos entrevistados.

Em contrapartida, o Sudeste é a região onde mais pessoas acreditam na imparcialidade de Moro: 62,7%. Outros 31,7% acham que a condenação foi parcial e 5,6% não souberam ou não quiseram opinar. Nas outras regiões do país as porcentagens são semelhantes à média nacional. No Norte e Centro-Oeste, 59% acham que o julgamento conduzido pelo ex-juiz da Lava-Jato foi justo, enquanto no Sul esse percentual é de 59,6%.

Elegível

Com a decisão de Fachin na segunda-feira, Lula retomou os seus direitos políticos e passou a ser elegível para 2022, podendo concorrer novamente à Presidência da República. A sua entrada no páreo muda o cenário eleitoral: em cinco situações sondadas pelo Paraná Pesquisas entre 25 de fevereiro e 1º de março, só não há empate pelo segundo lugar naquele no qual o ex-presidente é incluído — ele teria 18% contra 32% de Bolsonaro. Em qualquer cenário sem Lula, há empate na segunda posição envolvendo candidatos como Luciano Huck, Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro e Fernando Haddad (quando este aparece no lugar de Lula) — veja todos os cenários aqui.

A anulação dos processos por Fachin ocorreu após um recurso da defesa de Lula. O argumento era o de que os processos não deveriam ter sido julgados na 13ª Vara de Curitiba porque isso contrariava a questão do “juiz natural”, já que os supostos crimes ocorreram em diferentes partes do Brasil. De acordo com esse princípio, a vara deve ter relação com o local do delito investigado.

Continua após a publicidade

Fachin considerou, então, sem entrar no mérito das acusações, que a vara de Curitiba não era o juízo competente para processar e julgar o ex-presidente e determinou que todas as decisões fossem anuladas e os processos direcionados à Justiça do Distrito Federal, onde deverão ser reiniciados. A jurisdição da capital paranaense foi comandada até o final de 2018 por Moro, que deixou o posto para se tornar ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, com quem rompeu em abril de 2020.

O Paraná Pesquisas entrevistou por telefone 2.002 habitantes com mais de 16 anos de idade dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A margem de erro para os resultados gerais é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.