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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os próximos passos da PF na investigação da ‘rachadinha’ de Janones

Laudo pericial apresentado nesta terça, 25, pela corporação confirma que voz na gravação é do deputado federal; oitivas ainda serão realizadas

Por Isabella Alonso Panho 25 jun 2024, 14h41
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  • A Polícia Federal (PF) apresentou nesta terça-feira, 25, laudos que comprovam que a voz da gravação da suposta “rachadinha” no gabinete de André Janones (Avante-MG) pertence ao deputado. Além disso, o delegado Roberto Santos Costa afirmou que a PF fará algumas oitivas e pretende, em seguida, finalizar o inquérito. O caso está sob relatoria do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do parlamentar.

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    O documento, com 34 páginas, explica a metodologia usada pelos peritos. Eles compararam o arquivo de áudio que foi divulgado pela imprensa no final do ano passado com três gravações do deputado e concluíram, ao final da análise, que “o resultado obtido (evidência) é muito mais plausível na hipótese de o locutor do material padrão ser a fonte das falas questionadas do que na hipótese de essa fonte ser outro locutor da população de  referência”. A escala utilizada pelos peritos vai até o nível de certeza +4 e a conclusão apresentada nesta terça é de que a compatibilidade com a voz de Janones está no nível +3.

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    Junto com esse laudo há um segundo documento em que os peritos da corporação analisaram a outra voz do registro, que seria, em tese do ex-assessor de Janones, Alisson Alves Camargos. No entanto, o grau de certeza dos experts foi bem menor, classificado como +2 na escala. Para a perícia, é “moderadamente mais plausível” que a voz da gravação seja do antigo assessor, e não de uma outra pessoa.

    Janones nunca negou que seja sua a voz da gravação, mas afima que o registro que o incrimina foi confeccionado de forma clandestina e diz ser inocente diante da acusação de que houve a “rachadinha”. A prática, na qual os assessores devolvem ao chefe parte dos seus salários, é bastante comum em gabinetes políticos, mas é considerada uma modalidade de desvio de dinheiro público.

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    Câmara livrou Janones

    Além da investigação na Polícia Federal, Janones foi alvo de um pedido de cassação na Câmara dos Deputados. No entanto, o processo foi arquivado. A maioria dos membros do Conselho de Ética da Casa acolheu o parecer do relator Guilherme Boulos (PSOL-SP), que entendeu que o áudio poderia não pertencer à última campanha de Janones. O deputado disse, na sua defesa, que a gravação é de 2016, de quando ele foi derrotado na dispta pela prefeitura de Ituiutaba, em Minas, e por isso não teria vínculo com o seu mandato na Câmara.

    A suspeita dos investigadores da PF, contudo, é de que ela seja de 2019, quando Janones estava começando seu primeiro mandato como deputado federal.

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