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Por José Benedito da Silva
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Os planos da nova representante do MST no Conselhão de Lula

Ayala Ferreira diz que movimento quer 'diálogo com as diferenças', mas sem abrir mão de princípios como a defesa da reforma agrária

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 Maio 2023, 16h36 - Publicado em 5 Maio 2023, 15h30

Criado por Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mandato, o chamado Conselhão da Presidência da República — Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável — teve sua primeira reunião da atual gestão na última quinta-feira, 4. O colegiado havia sido extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Uma das novidades deste ano foi a inclusão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no grupo, que reúne, além de integrantes do governo, representantes da sociedade civil, como empresários, intelectuais e ativistas, para discutir a formulação de políticas públicas.

O nome escolhido para representar o MST junto ao Conselhão foi o de Ayala Ferreira, da direção nacional do movimento. Em seu discurso, a pedagoga defendeu o “diálogo entre as diferenças” e a luta pela reforma agrária e pelo combate à fome.

“Fazer um diálogo com as diferenças nunca foi um problema para o movimento. As diferenças só não podem nos impedir de retomar com força dimensões necessárias para a sociedade. Queremos o diálogo das diversidades, mas sem abrir mão dos princípios do MST, que tem uma história de mais de 40 anos pautada pela luta pela terra, pela reforma agrária, e que dê conta de produzir alimentos para o povo brasileiro”, afirma Ayala a VEJA.

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A dirigente diz, ainda, esperar que as bandeiras erguidas pelo movimento sejam transformadas em ações concretas de políticas públicas de desenvolvimento durante o governo Lula. Nesse sentido, um dos principais acenos feitos ao MST foi o anúncio do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, de que o novo plano de reforma agrária deverá ser apresentado ainda no mês de maio. O projeto deverá contar com terras já arrecadadas pelos governos Lula e Dilma Rousseff (PT) para a reforma, mas que não foram distribuídas nos governos Michel Temer (MDB) e Bolsonaro.

O convite para que o MST passasse a integrar o Conselhão foi recebido com uma esperada insatisfação por representantes do agronegócio. Conforme mostra a edição de VEJA desta semana, o setor já estava descontente com a crescente relevância do movimento junto ao governo. Entre os episódios que mais irritaram o segmento estão a ida de João Pedro Stédile, líder do MST, à China como integrante da comitiva presidencial de Lula e as ações do movimento no tradicional Abril Vermelho, mês da Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária. Foram realizadas ações em 18 estados, incluindo dez invasões de terra. A crítica do agronegócio tem sido a de que o MST tem invadido terras produtivas — como fazendas de cultivo de eucalipto –, o que vai de encontro à Constituição, que prevê desapropriação em caso de inexistência de função social da terra.

Apesar do prestígio que tem obtido junto a Lula, o MST — e o próprio governo — terá de enfrentar ainda a CPI do MST na Câmara, cujos trabalhos devem começar em breve e, ao que tudo indica, sob comando de deputados bolsonaristas. A briga promete ser dura na comissão: a oposição pretende investigar fontes de financiamento do movimento e o PT está mobilizado para defender os sem-terra. “Nossa bancada agirá para que a CPI não vire uma palhaçada”, diz o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR).

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