Os novos ataques de Weintraub contra o governo e o Centrão
Ex-ministro da Educação segue criticando duramente nas redes sociais os ministros de Bolsonaro
O ex-ministro Abraham Weintraub, que ensaia uma pré-candidatura ao governo de São Paulo pelo nanico Brasil 35 (antigo Partido da Mulher Brasileira), segue mobilizado nas redes sociais com ataques a ministros do governo Jair Bolsonaro. Com 1,1 milhão de seguidores no Twitter, Weintraub se tornou um problema para o clã presidencial à medida que se posiciona como conservador e defensor da candidatura de Bolsonaro ao Planalto e, ao mesmo tempo, desqualifica o partido do presidente e vários de seus aliados.
Os partidos do Centrão que embarcaram no governo e na candidatura de Bolsonaro têm sido seu alvo preferencial. “Este é o resumo de minha traição: Eu não confio no Ciro Nogueira, no Fábio Faria, na Flávia Arruda, no Waldemar da Costa Neto, etc”, tuitou Weintraub na noite deste domingo, 20. O ex-ministro da Educação vem intensificando as críticas ao pragmatismo do Planalto na aliança com o Centrão, demonstrando ressentimento com a saída de olavistas do governo para a entrada de políticos profissionais.
As brigas de Weintraub nas redes, porém, não se resumem ao Centrão. Há um mês, ele protagonizou uma discussão pública com o secretário especial de Cultura, Mário Frias — que, assim como o ex-ministro, é admirador de Olavo de Carvalho e um dos poucos remanescentes do que se chama de “ala ideológica” do governo, à qual Weintraub também era associado. O ex-ministro não cessou os ataques a Frias desde então: há poucos replicou uma postagem que defendia a saída do secretário do governo.
O ex-ministro e seu irmão Arthur Weintraub, que é ex-assessor da Presidência, participaram há duas semanas de um evento do Brasil 35, que após a repaginação tenta se posicionar como “o partido dos conservadores”. A mesa de cerimônia foi ornada com a bandeira monarquista, dos tempos do Império brasileiro.