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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os encontros do hacker com os militares durante a campanha à reeleição

Depois de conversar com Bolsonaro sobre supostas fragilidades das urnas, Walter Delgatti tratou do mesmo assunto no Ministério da Defesa

Por Da Redação Atualizado em 13 Maio 2024, 22h58 - Publicado em 7 ago 2023, 14h10
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  • ENCONTRO Delgatti: fotografado por VEJA a caminho do Palácio da Alvorada -
    ENCONTRO Delgatti: fotografado por VEJA em agosto a caminho do Palácio da Alvorada (Ruy Baron/BaronImagens/.)

    Foi adiado o depoimento da deputada federal Carla Zambelli à PF que estava previsto para esta segunda, 7, a respeito da entrada em cena de Walter Delgatti Neto, o hacker responsável pela Vaza-Jato, na campanha de reeleição de Jair Bolsonaro. Depois da articulação feita por Zambelli para viabilizar o encontro dele com o então presidente no Palácio da Alvorada, conforme comprovou reportagem de VEJA, o hacker passou a colaborar com militares na busca de fragilidades das urnas eletrônicas. Como se sabe, o esforço foi infrutífero. Mas não faltou empenho na tentativa de cumprir a missão, conforme revelou outra reportagem de VEJA, também assinada pelo jornalista Reynaldo Turollo Jr..

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    Ao sair da reunião no Alvorada, o hacker foi levado ao Ministério da Defesa para falar sobre as urnas com os militares, incumbidos de encontrar falhas no sistema. A colaboração do hacker na Defesa não era conhecida nem pelo TSE, que àquela altura estava em tratativas públicas com os militares sobre a inspeção do código-fonte das urnas. Rapidamente, o hacker encampou o discurso — corrente entre alguns militares — de que o código-fonte responsável pelo funcionamento das urnas podia, sim, conter um “código malicioso” que roubasse votos de Bolsonaro para Lula.

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    Dentro dessa teoria conspiratória, uma espécie de chave secreta embutida nos equipamentos estava preparada para mudar a decisão dos eleitores do presidente em favor do petista. Delgatti passou a dizer também que estava convencido de que somente um teste de integridade feito na hora e no local da votação, com a biometria de eleitores reais, seria capaz de mostrar se os equipamentos estavam registrando os votos corretamente. Esse era o principal pleito da Defesa junto ao TSE e acabou sendo aceito parcialmente por Moraes. O ministro determinou que o teste de integridade com biometria fosse realizado, mas em pequena amostra das urnas, para não atrapalhar a votação.

    Segundo fontes ouvidas por VEJA, o hacker teria sido conduzido à Defesa pelo coronel Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro na Presidência. Dentro do Ministério da Defesa, onde chegou por uma portaria na garagem, Delgatti teria tido um encontro com o titular da pasta, o ministro Paulo Sérgio Nogueira, e conversado com um grupo que incluía o coronel Eduardo Gomes da Silva — oficial do Exército que não tem cargo na pasta. Silva era secretário especial de Modernização do Estado, vinculado à Secretaria-Geral da Presidência, e ficou conhecido em julho de 2021 ao aparecer ao lado de Bolsonaro na live em que o presidente lançou suspeitas contra as urnas, sem apresentar provas. Questionado por VEJA, o Ministério da Defesa não quis se pronunciar sobre o caso na época. Já a Secretaria-Geral da Presidência disse, em nota, que não tinha conhecimento dos fatos.

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