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Oposição quer manter pressão em Dino: ‘vamos seguir convocando’, diz líder

Em audiências no Congresso, ministro da Justiça foi sarcástico com bolsonaristas, que enfileiram pedidos de convocação a comissões e CPIs

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2024, 23h59 - Publicado em 10 jun 2023, 08h21

Como mostra reportagem de VEJA desta semana, a atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tem gerado frentes de atrito ao redor dele dentro e fora do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O campo de batalha em que Dino mais tem pelejado, ao menos publicamente, é o Congresso. Somadas a CPMI do 8 de janeiro, a CPI do MST, comissões temáticas e o plenário da Câmara e do Senado, o ministro já foi alvo de 58 pedidos feitos por parlamentares da oposição para ser convocado a prestar esclarecimentos (veja quadro abaixo).

Convidado a falar no Congresso em quatro ocasiões, protagonizou audiências em que não foram poucos os tumultos com bolsonaristas. Algumas das invertidas do ministro viraram meme. Em uma delas, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, em março, Dino comparou a “terraplanismo” declarações do deputado novato André Fernandes (PL-CE) de que o ministro seria alvo de 277 processos na Justiça – a afirmação foi feita com base na interpretação errada de uma precária pesquisa na internet. No início de maio, na Comissão de Segurança Pública do Senado, Dino fez troça do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e sua autoproclamada relação com a SWAT, unidade de elite da polícia dos Estados Unidos. “Se o senhor é da SWAT, eu sou dos Vingadores”, provocou.

Apesar de avaliação de que Dino conseguiu se sair bem nas audiências – o deputado Marco Feliciano (PL-SP) chegou a dizer que ele “engoliu uns 10 deputados” nas oitivas – a oposição promete manter pressão sobre Dino. “Vamos continuar convocando o ministro, ainda que ele tenha sempre esse comportamento desrespeitoso, de piadinhas e querer ‘lacrar’”, diz o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ). “Ele já demonstrou qual é a estratégia dele, aos poucos a gente vai aprendendo e começando a fazer uma contra-estratégia para que ele seja obrigado a nos responder e pare de lacrar tanto”, completa Jordy. Flávio Dino também está na mira dos bolsonaristas da CPMI do 8 de janeiro, com pedidos de convocação e de quebras de sigilo. Espera-se que ele seja convidado a falar à comissão de inquérito, que tem como relatora uma aliada sua, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Ainda no Congresso, ganhou corpo na última semana a insatisfação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com Dino. Aliados de Lira afirmam que ele ficou profundamente irritado com a operação da PF que mirou aliados seus por suspeitas de corrupção na compra de kits de robótica com dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Pior ainda, conforme esses interlocutores do presidente da Câmara, foi a divulgação de informações sobre as investigações nos dias seguintes à ação da PF.

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Os vazamentos agravaram as desconfianças de Lira de que foi alvo de uma retaliação do governo. No mesmo dia da ação, Flávio Dino se reuniu com Arthur Lira e explicou a ele a dinâmica das operações da PF, negando qualquer vendeta do governo contra o deputado alagoano, que havia “emparedado” o Planalto na votação da medida provisória que formata a gestão Lula. A Operação Hefesto, afinal, foi ordenada pela Justiça Federal em Alagoas. As afirmações do ministro da Justiça de que só ficou sabendo da ação quando ela já estava nas ruas, no entanto, não convenceram Lira. “Não colou”, resume um deputado próximo ao presidente da Câmara.

Flávio Dino

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