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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O que Lula ainda terá que explicar na campanha e que pode causar embaraço

Temas econômicos devem pautar os debates deste ano e os grandes erros do PT nessa área serão munição certa para os adversários

Por Da Redação
Atualizado em 13 fev 2022, 07h38 - Publicado em 12 fev 2022, 20h03
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  • O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
    O ex-presidente Lula, pré-candidato à presidência em 2022 (Julien de Rosa/AFP)

    A economia deve ocupar o centro das atenções do eleitor neste ano, segundo pesquisas de opinião e especialistas. Nesse quesito, o líder em todas os levantamentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, certamente terá que explicar alguns pontos que podem causar grandes embaraços para o PT. O baixo crescimento do país na era Dilma Rousseff e o legado de desemprego e inflação deixado pela gestão da petista serão, fatalmente, fatos que os adversários não deixarão o eleitor esquecer. (Isso sem falar na questão da corrupção, que sempre terá um espaço no debate público, embora as pesquisas indiquem que será menor em 2022.)

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    Quando Dilma deixou o Palácio do Planalto, em 2016, havia mais de 11 milhões de desempregados no país, segundo dados da época da Pnad Contínua, do IBGE. O tema deve ganhar força na campanha deste ano porque o Brasil continua mal, com 13,5 milhões de desempregados, também segundo o IBGE (dado do terceiro trimestre de 2021). A inflação – outro fantasma que assola os brasileiros hoje – foi de 10,67%, pelo IPCA, no último ano inteiro em que Dilma governou, 2015. No ano passado, a inflação também bateu dois dígitos, chegou a 10,06%, pelo mesmo índice. O assunto invariavelmente estará nas campanhas presidenciais.

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    A economia brasileira vive, desde 2011, ano do início do governo Dilma, períodos de recessão, estagnação e baixo crescimento, abaixo da média global. No período Dilma-Michel Temer (2011-2018), o PIB do Brasil cresceu, por ano, 2,9 pontos abaixo do nível mundial. Esse foi o pior desempenho desde 1987, período analisado pelos pesquisadores.

    Somam-se a esses temas de macroeconomia alguns outros que são vistos como erros do PT, principalmente na condução do BNDES, um dos principais bancos de fomento do país. Cuba e Venezuela, beneficiadas com cerca de 11 bilhões de reais (2,1 bilhões de dólares) em financiamentos para obras de infraestrutura executadas por empreiteiras brasileiras durante os governos Lula e Dilma, têm aplicado sucessivos calotes nos pagamentos. As dívidas a vencer das duas ditaduras somam 3,3 bilhões de reais (626 milhões de dólares, pela cotação atual da moeda americana).

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    Saindo da área econômica, Lula ainda deve se enrolar nas polêmicas que ele mesmo tem criado nesta pré-campanha e que já caíram na boca dos adversários. O controle da mídia é uma delas. Desde agosto passado o ex-presidente tem falado em regulamentar veículos de comunicação – o que, numa democracia, acaba cheirando a algum tipo de censura. Nos últimos dias, ele passou a esboçar uma mudança na mensagem, sugerindo regular as redes sociais, e não os veículos que fazem jornalismo profissional.

    Por fim, a histórica postura de alguns líderes do PT de defender ditaduras de governos de esquerda foi ressuscitada em novembro, quando, após um giro pela Europa que havia sido bem-sucedido até ali, Lula comparou o tempo de permanência no poder de líderes que são completamente diferentes. “Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega (da Nicarágua) não? Por que Felipe González (ex-presidente da Espanha) pode ficar 14 anos no poder? Qual a lógica?”, indagou. A repórter do El País que o entrevistava rebateu de imediato. “Sim, mas Angela Merkel governou por 16 anos, Felipe Gonzalez por 13 na Espanha, e não mandavam nenhum de seus opositores para a prisão.” É esse tipo de contradição que os rivais de Lula vão explorar.

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