O futuro da campanha de Tarcísio, sem Datena e com Garcia na cola
Pesquisa apontou crescimento maior de governador tucano do que do ex-ministro de Bolsonaro

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 30, que mostrou a subida de 7 pontos porcentuais do governador Rodrigo Garcia (PSDB) – foi de 6% para 13% –, ante 3 pontos de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi de 10% para 13%, em um cenário sem Márcio França (Fernando Haddad lidera com 34%), não pegou de surpresa a equipe mais próxima do ex-ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro. Como o tucano apareceu em inserções nas propagandas do PSDB e do União Brasil recentemente, além da exposição rotineira à frente do Palácio dos Bandeirantes, a expectativa do entorno do postulante do Republicanos era de um crescimento do adversário.
A surpresa, claro, foi pela desistência de José Luiz Datena (PSC) de concorrer ao Senado. Embora o histórico de confiabilidade nas decisões do apresentador da Band na hora de assinar a ficha da candidatura não seja dos mais confiáveis, havia a expectativa de que desta vez o desfecho seria diferente (veja abaixo postagem, feita há um mês, que comprova a expectativa). Não foi. Agora, há três candidatos a candidato ao Senado na chapa de Tarcísio: Carla Zambelli, Janaina Paschoal e Paulo Skaf, nessa ordem de preferência dos caciques da campanha.
Enquanto trabalha para resolver os nomes das chapas e percorrer o estado, o núcleo do projeto do ex-ministro da Infraestrutura precisa reduzir outro dano mostrado pelo Datafolha: a alta rejeição que o presidente da República apresenta a quem quer levar seu nome nos comícios em São Paulo. Dos entrevistados, 64% rejeitam nomes apoiados por Bolsonaro – apenas 17% afirmam que votariam com certeza em alguém indicado pelo presidente e outros 17% disseram que poderiam votar.
Segundo interlocutores do pré-candidato do Republicanos, faça chuva, faça sol, no entanto, Tarcísio se manterá fiel ao ex-chefe.