Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O espetacular boom econômico da Guiana enfrenta a ameaça de Maduro

Alavancado pela descoberta de petróleo, país de 804.000 habitantes teve em 2022 o maior crescimento do PIB em todo o planeta, segundo o FMI

Por Da Redação 2 dez 2023, 14h00

País de apenas 804.000 habitantes – menos da metade da população de Caracas, por exemplo –, a Guiana entrou na mira do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que quer anexar mais de 60% do território do país vizinho. A ameaça deve aumentar a partir do domingo, 3, quando os venezuelanos irão às urnas em referendo para dizer se apoiam ou não a pretensão de seu dirigente.

Mas por que Maduro quer anexar parte da Guiana? A reivindicação territorial da Venezuela não é nova, mas cresceu nas últimas semanas em razão de dois fatores: a proximidade das eleições no país, em 2024, e o boom econômico do vizinho na esteira do avanço da exploração de petróleo.

Maduro
CAMPANHA - Maduro: em atos públicos com as Forças Armadas, ele tenta alavancar o sentimento nacionalista da população (Prensa Miraflores/EFE)

O alvo da cobiça é a região de Essequibo, uma área de 160 mil quilômetros quadrados formada em sua maioria por uma densa floresta cortada por rios caudalosos, que faz fronteira com Roraima e que representa dois terços do território da Guiana. A posse da região foi concedida em 1899 à Guiana, à época uma colônia inglesa, por meio de arbitragem feita pelos Estados Unidos. A Venezuela questiona desde então a decisão e, em 1966, chegou a firmar um acordo com a Inglaterra, que reconhecia como nulo o Laudo Arbitral. Naquele mesmo ano, no entanto, a Guiana conquistou a independência, o que na prática manteve o acordo em suspenso até hoje.

Continua após a publicidade
Guiana
(./.)

Além do claro interesse eleitoral, o recrudescimento da disputa de quase dois séculos tem um outro motivo. O interesse de Maduro se ampliou nos últimos anos com as descobertas de petróleo no litoral da região, cujo potencial ultrapassa 11 bilhões de barris. O petróleo fez com que a economia do país quadruplicasse nos últimos cinco anos.

No ano passado, o crescimento do PIB de 62% foi o maior do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional (veja quadro na pág. 40). A previsão é de alta de 38% neste ano e de 45% em 2024. O pequeno país sul-americano caminha a passos largos para ultrapassar o Kwait e se tornar o de maior produtor petróleo per capita do mundo. A expectativa da companhia americana Exxon Mobil, que explora petróleo no litoral da Guiana, é bombear 1,3 milhão de barris do fundo do mar por dia até 2027.

Continua após a publicidade
Guiana
(./.)

O petróleo explorado na Guiana é semelhante ao que é retirado na Venezuela, o que aumentou o interesse do regime de Nicolás Maduro de anexar Essequibo, onde está a maior parte da produção do vizinho. A tentativa de anexação, no entanto, já provoca reação de potências como o Reino Unido – até 1966 a Guiana era uma colônia britânica –, dos Estados Unidos e da França – leia aqui sobre as reações de Joe Biden e de Emmanuel Macron.

Reportagem de VEJA desta semana mostra como a movimentação de Maduro virou um grande problema para Lula, que é o principal aliado na região do regime chavista.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.