O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que teve o apoio de forças políticas tão distintas quanto a bancada do PT e o governo Jair Bolsonaro, acenou no discurso de posse para todos aqueles que bancaram a sua candidatura, que derrotou Simone Tebet (MDB-MS), por 57 votos a 21.
A primeira medida concreta que anunciou, por exemplo, foi a criação da figura do líder da oposição, posto que já existe na Câmara, mas não no Senado — segundo ele, para facilitar o trabalho daqueles que divergem do Executivo. Com seis deputados, o PT tem a maior bancada da oposição.
Na sequência, anunciou a reserva de vagas para mulheres no colégio de líderes e mandou um recado ao governo Bolsonaro, misturando sinais de cooperação e independência. “Ao Poder Executivo, dedicaremos parte significativa de nossos vigores, fiscalizando, deliberando as suas proposições, dialogando, porém dele exigindo o cumprimento dos compromissos assumidos e a independência deste Senado Federal”, disse.
Antes, ele afirmou que que assumia o cargo com “humildade, sendo de responsabilidade e total comprometimento com os valores democráticos e a nossa Constituição”.
Ele citou saúde pública, desenvolvimento social e crescimento econômico como o tripé que norteará as suas ações para “proteger vidas humanas e socorrer os mais miseráveis” e prometeu pautar “as reformas necessárias ao desenvolvimento do país”.
A composição da Mesa Diretora deverá ser discutida nesta terça-feira, 2.