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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Moraes está sendo atacado por suas virtudes’, diz líder do Prerrogativas

Advogado Marco Aurélio Carvalho, próximo a Lula, classifica como 'desonesta' a comparação entre a atuação do ministro do STF e as práticas da Lava-Jato

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 ago 2024, 11h42

O advogado Marco Aurélio Carvalho afirma considerar “desonesta” a tentativa de comparação entre a atuação do ministro Alexandre de Moraes e outros magistrados em inquéritos do Supremo Tribunal Federal que apuram crimes eleitorais e contra a democracia ao modus operandi da Operação Lava-Jato revelado no episódio que ficou conhecido como “Vaza-Jato”. Coordenador do Prerrogativas, grupo jurídico ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Carvalho diz que o magistrado é “atacado por suas virtudes”.

“Qualquer tentativa de comparar essa situação é, no mínimo, desonesta. As mensagens por si só não revelam nenhum tipo de irregularidade e não são capazes de gerar qualquer tipo de constrangimento para o ministro e para as partes”, diz o advogado. “Ele está sendo atacado pelas suas virtudes, e não por algum equívoco. Moraes tem tido um papel importante na defesa da democracia e das instituições e é exatamente por isso que ele está sendo atacado”, assinala o aliado de Lula.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a se manifestar em relação às revelações publicadas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, da última terça-feira, 13, que mostra que o ministro teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir relatórios que embasaram investigações conduzidas pelo próprio magistrado no Supremo, como os inquéritos 4.781 e 4.878, conhecidos, respectivamente, como “Inquérito das Fake News” e “Inquérito das Milícias Digitais”.

Os bolsonaristas apelidaram o episódio de “Vaza-Jato do Xandão”, em alusão ao vazamento de conversas do Telegram entre o então juiz Sergio Moro e outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato, em 2019. Na ocasião, mensagens trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol apontaram que o ex-juiz subsidiou o Ministério Público Federal (MPF) com informações privilegiadas.

Ao contrário da “Vaza-Jato”, a Folha afirma que o material que embasou a reportagem foi obtido por meio de fontes que tiveram acesso a dados de um celular que contém mensagens trocadas entre Moraes e auxiliares via Whatsapp. No episódio de 2019, as mensagens foram obtidas por interceptação ilegal pelo hacker Walter Delgatti.

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Resposta

O ministro Alexandre de Moraes afirmou em nota que todas as medidas que adotou em investigações sobre o cometimento de crimes eleitorais e contra a democracia foram regulares e não caracterizam nenhuma ilegalidade. “Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados”, diz o comunicado divulgado pelo gabinete do magistrado na noite de terça-feira, 13.

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