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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Maceió: mina da Braskem afundou 1,69 m desde terça-feira, diz Defesa Civil

Região do bairro Mutange foi completamente evacuada por risco de colapso da mina nº 18

Por Da Redação Atualizado em 3 dez 2023, 11h50 - Publicado em 3 dez 2023, 11h40

Em Maceió, o solo afetado pela atividade mineradora da Braskem já afundou 1,69 metro de profundidade em cinco dias, de acordo com a Defesa Civil. Na manhã desta sexta-feira, 3, a prefeitura da capital de Alagoas informou que a terra cedeu 10,8 centímetros nas últimas 24 horas e que a velocidade de deslocamento vertical permanece de 70 milímetros por hora.

O afundamento na região do bairro do Mutange está sob monitoramento das autoridades desde a última terça-feira, 28. A área se encontra diretamente acima de uma das operações de mineração de sal-gema da Braskem, a mina número 18, que corre risco de colapso iminente – se a cavidade ruir, além do Mutange, os bairros Pinheiro e Bebedouro também podem ser tragados pelo solo.

A Defesa Civil da capital alagoana reforçou o alerta máximo para que a população não transite pelo local. A navegação na Lagoa Mundaú, sob a qual está localizada cerca de 60% da mina, também está restrita.

Tremores de terra

Na madrugada do último sábado, 2, a região da mina 18 sofreu um abalo sísmico de magnitude 0,89 pela escala Richter, registrado a cerca de 300 metros de profundidade. O tremor foi mais intenso do que o ocorrido horas antes, na noite de sexta-feira, 1º.

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Apesar dos abalos sísmicos, a velocidade do afundamento diminuiu para 70 milímetros por hora, após ter ultrapassado 50 centímetros por dia ao longo da semana. A situação, contudo, permanece crítica e o solo pode ceder a qualquer momento.

Mineração da Braskem

A mina de número 18 é uma das mais de 30 operações da Braskem na região de Maceió para extração de sal-gema, matéria-prima utilizada principalmente na fabricação de soda cáustica e PVC. O minério fica a aproximadamente 1200 metros de profundidade no solo alagoano.

Os primeiros indícios do risco de afundamento foram observados em 2018, quando foram detectados tremores de terra e rachaduras em imóveis em bairros da capital. Ainda assim, a atividade mineradora continuou operando em Maceió por mais de um ano até o início das evacuações, em 2019 – desde então, mais de 60 mil moradores tiveram que ser retirados de suas casas.

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No sábado, 2, a Braskem informou, em nota, que está em andamento o processo de preencher as cavidades na região com areia, segundo recomendação da Agência Nacional de Mineração. Das 35 minas, nove foram marcadas para preenchimento, sendo que cinco já foram enchidas, três estão em andamento e uma foi pressurizada, eliminando a necessidade do procedimento.

Protestos

A situação em Maceió vem causando indignação de autoridades, artistas e da população desde que o risco de colapso veio à tona, ao longo da última semana.

Uma das manifestações veio do cantor alagoano Djavan, natural de Maceió. Durante um show no Rio de Janeiro na noite de sábado, 2, o músico expressou solidariedade à população local “pelo que está sofrendo com o total descaso das autoridades”. Na letra da canção “Alagoas”, Djavan relata que foi batizado na Capela do Farol, um dos bairros que pode desaparecer com o afundamento da mina.

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