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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Lula decide engrossar artilharia em meio à polêmica racial de ACM na Bahia

Campanha do petista apostará forte em campanha no estado na reta final

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 set 2022, 13h03

A polêmica envolvendo a autodeclaração de ACM Neto (União Brasil) como pessoa parda animou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que agora pretende usar o deslize para engrossar a artilharia contra o ex-prefeito de Salvador.

A equipe do petista tenta encaixar na atribulada agenda de Lula uma ida à Bahia ainda antes do primeiro turno das eleições, em 2 de outubro, como forma de alavancar a candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT), que disputa contra ACM o governo do estado.

Nesta semana, o cacique do extinto DEM viu despencar seu desempenho nas pesquisas eleitorais — no que é avaliado como reflexo da fala sobre sua cor de pele.

Na quinta-feira, 21, o Datafolha apontou ACM com 48% das intenções de voto, contra 31% de Jerônimo — uma diferença de 17 pontos. Em 14 de setembro, a distância entre ambos era de 21 pontos — as classificações eram de 49% e 28%, respectivamente.

A edição anterior, de 24 de agosto, mostrava uma diferença ainda maior entre os candidato — de 38 pontos –, garantindo inclusive a vitória em primeiro turno do ex-prefeito de Salvador — 54% contra 16%.

Num estado em que quase 60% da população é negra, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o objetivo do PT é não poupar ataques ao adversário. “A Bahia não perdoa”, diz um petista da coordenação de Lula.

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Nesta reta final da campanha, o ex-presidente está tendo como “foco total” o estado São Paulo, participando de encontros públicos e privados com artistas, políticos, empresários e lideranças da sociedade civil.

O roteiro inclui, ainda, uma visita a Ipatinga, no Vale do Aço mineiro — Minas é o segundo maior estado em número de eleitores e, em algumas regiões, vê estreita a margem entre Lula e Bolsonaro —  e um ato no Rio de Janeiro ao lado de Eduardo Paes (PSD).

Na capital paulista, um grande ‘showmício’ está sendo organizado com personalidades no dia 26, em formato híbrido. São esperados artistas como Caetano Veloso, Anitta e Ludmilla. Entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro, a campanha deverá realizar uma caminhada.

Polêmica do ACM Neto ‘bronzeado’

O candidato ao governo da Bahia ACM Neto se autodeclarou como pardo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e acabou virando alvo de críticas após sabatina na TV Bahia, em 12 de setembro.

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O ex-prefeito foi questionado sobre a sua classificação racial e reafirmou considerar-se pardo. “Se você me colocar ao lado de uma pessoa branca, há uma diferença bem grande”, disse ACM.

Ao ouvir do apresentador que, segundo critérios do IBGE (Instituto Brasileira de Geografia e Estatística), a população negra é, por definição, formada por pardos e pretos, ACM revidou. “Então o erro é do IBGE, não é meu”.

Paralelamente, o cacique poderá ter que prestar contas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia. Isso, porque o candidato a deputado federal Jorge X (PSOL) moveu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra ACM — que, por sua vez, diz que se declara como pardo desde as eleições de 2016.

A justificativa do postulante do PSOL é a de que o candidato ao governo baiano pode ter “vantagens econômicas” na disputa eleitoral por ter acesso às cotas do fundo partidário voltadas a candidatos negros. A partir de 2022, os partidos passaram a ser obrigados, por lei, a reservar proporcionalmente os recursos de campanha aos candidatos negros da sigla.

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