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Um dia depois de se ver obrigado a dizer que irá afastar do cargo todos os ministros que forem denunciados na Operação Lava Jato, o presidente Michel Temer não escondeu um certo alívio e uma tamanha satisfação ao anunciar, nesta terça-feira, o calendário de liberação de recursos do FGTS represados em contas inativas. A medida é tratada nos bastidores como uma das que têm maior aceitação popular já emplacadas pelo peemedebista, que acumulou neste ano más notícias com a crise carcerária, a onda de violência após a greve de policiais no Espírito Santo e o avanço das investigações do petrolão sobre seus auxiliares.
Ao evento com pompa, lotado de parlamentares e executivos da Caixa Econômica Federal, além da presença do primeiro escalão em peso, Temer chegou sorridente. Logo exaltou a quantidade expressiva de acessos ao site da Caixa – mais de 480.000 registros em apenas dez minutos, segundo ele –, fez questão de dizer que, com a medida, estava atendendo a um pleito dos brasileiros e ressaltou que a injeção dos recursos na economia traz uma certa “tranquilidade social”.
Ao fim do discurso de cerca de oito minutos, Temer deu tratamento ainda mais efusivo à liberação do FGTS: pediu aplausos especiais para aqueles que tiraram a proposta do papel. “Quero pedir a todos que aplaudam vigorosamente, quase freneticamente, aqueles que aqui estão e permitiram a solenidade no dia de hoje”. A plateia, logicamente, obedeceu.
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