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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Justiça rejeita processo de Walter Feldman contra a CBF
Ex-secretário acusava a entidade e o atual presidente de ter afetado o seu estado emocional
A Vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo, em decisão do juiz Fabricio Reali Zia, arquivou a queixa-crime impetrada pelo ex-secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, que acusava o atual presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, de ter arranhado a sua imagem.
Demitido em junho de 2021, Feldman afirma que deixou de receber seus direitos trabalhistas a partir do mesmo mês do ano seguinte e que enviou uma notificação extrajudicial à confederação.
Como resposta, a CBF afirmou que o ex-funcionário havia embolsado quase 900 mil reais a título de negociação contratual e que, se quisesse rediscutir o acordo, deveria devolver o montante. “O pagamento foi realizado em razão da confiança e do cargo que v.Sa. ocupava e tal quantia inclusive é superior a qualquer verba trabalhista que, supostamente, seria devida caso o senhor estivesse na condição de empregado”, disse o documento enviado pela diretora jurídica da entidade.
A CBF também afirmou que Feldman, na condição de homem-forte, deveria ter reportado aos órgãos competentes os “atos graves” praticados pelo então presidente Rogério Caboclo, que foi acusado de assédio sexual contra uma ex-funcionária. O caso foi arquivado na Justiça.
Para Feldman, a resposta da entidade “causou amplo impacto moral à sua psique, afetando diretamente seu estado emocional, mediante alegação sem qualquer indício ou razoabilidade, o que vem o incomodando e à sua família diária e profundamente”, afirmou.
No entanto, a Justiça paulista deu razão à entidade ao arquivar o processo.
Na visão da CBF, Feldman tentou comprometer a instituição “de forma descabida e frágil”. “A decisão reforça que todos os ataques sem fundamento feitos pelo ex-executivo da entidade com o objetivo de manchar a imagem do presidente Ednaldo Rodrigues caíram por terra”, diz a confederação em nota.
Também deputado federal entre 2003 e 2019, Walter Feldman foi secretário-geral da CBF entre 2015 e 2021, atravessando os mandatos de José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo.
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