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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Justiça paraguaia confisca bens de Dario Messer, o ‘doleiro dos doleiros’

Pedido foi feito após a descoberta de que operador financeiro, condenado no Brasil por lavagem de dinheiro, possui 150 milhões em bens no país vizinho

Por Valmar Hupsel Filho 27 dez 2023, 17h10

A Justiça do Paraguai determinou confisco de bens no país que pertencem a Dario Messer, condenado no Brasil por liderar uma complexa rede de lavagem de dinheiro decorrente de crimes contra a administração pública, e chamado pelos investigadores de “doleiro dos doleiros”.

A decisão, contra a qual ainda cabe recurso, atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) brasileiro, feito por meio de um acordo de cooperação internacional depois da descoberta de que Messer possui patrimônio de mais de 150 milhões de dólares no país vizinho, uma lista que inclui um avião, carros de luxo, fazendas, milhares de cabeças de gado e empresas.

Foram confiscados ativos de Dario Messer, seu filho Dan Messer, também investigado no Brasil por lavagem de dinheiro, e das empresas Matrix Realty SA, Chai SA e Pegasus Inversiones SA, todas vinculadas ao doleiro. Além dos investimentos financeiros, foram confiscados 109 imóveis e outros bens como nove tratores, nove veículos e uma aeronave. Pela decisão da Justiça do Paraguai, 50% do valor dos bens identificados no país como pertencentes a Messer deverão ser enviados ao Brasil.

Messer é alvo de ações penais desde a década de 1980. Ele ainda responde a sete ações penais em curso na Justiça Federal no Rio de Janeiro, decorrentes das operações Câmbio Desligo, Patrón e Marakata, todas elas desdobramentos da Lava Jato no estado. Ele é é acusado de ser o mentor de um esquema que teria movimentado ilegalmente cerca de 1,6 bilhão de dólares em 52 países.

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Em 2018, Messer teve a prisão decretada pelo juiz Marcelo Bretas, que na época conduzia os casos ligados à Lava Jato no Rio, mas ficou foragido até julho de 2019, quando foi preso. Em agosto de 2020, Messer fechou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal no qual se comprometeu a devolver 1 bilhão de reais aos cofres públicos. Dois anos depois, foi condenado em segunda instância a 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro, mas, em razão do acordo de delação, cumpriu três anos, contados a partir de julho de 2019.

Doleiro foi alvo de CPMI no Paraguai

No Paraguai, o doleiro chegou a conseguir se tornar cidadão do país em 2017, o que permitiu a abertura de empresas e contas bancárias. Na época, ele já respondia a processos por evasão de divisas no Brasil. Messer, que também é investigado no país vizinho, ainda foi alvo de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso paraguaio após suspeitas de que ele teria recebido ajuda de parlamentares e políticos para agilizar o processo de sua naturalização.

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