Fittipaldi e Matarazzo perdem eleições para o Senado na Itália
O senador eleito para representar a América do Sul é argentino; Brasil ainda conseguiu emplacar um dos dois deputados eleitos
Os brasileiros que tentavam uma vaga no Senado da Itália nas eleições deste domingo, 25, acabaram derrotados. Os mais conhecidos entre eles, o ex-piloto de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi e o ex-vereador Andrea Matarazzo, acabaram atrás do argentino Mario Alejandro Borghese, que ocupará a vaga única com 58.233 votos. O ex-piloto foi o segundo colocado, com 37.373 votos, enquanto o ex-ministro do governo FHC levou 30.535 votos e ficou em terceiro.
O resultado era esperado, uma vez que a Argentina conta com quase 800 mil cidadãos italianos aptos a votar nas eleições do país europeu, o dobro do colégio eleitoral brasileiro. No entanto, o Brasil ainda conseguiu emplacar um dos dois deputados eleitos: Fabio Porta, que estava na chapa de Matarazzo e era senador no mandato atual, teve 22.436 votos. O outro deputado eleito foi argentino: Franco Tirelli, que somou 44.468 votos.
No caso do Senado, quatro brasileiros, oito argentinos, uma uruguaia e um venezuelano concorreram pela vaga única à qual a América do Sul tem direito no legislativo italiano. Os outros dois brasileiros além de Fittipaldi e Matarazzo, os advogados Luciana Laspro e Marcelo Zovico, somaram 20.837 e 1.960 votos, respectivamente.
Em relação às últimas eleições, em 2018, a Itália cortou pela metade o número de vagas de representantes sul-americanos em seu Parlamento. Até aquele ano, eram eleitos dois senadores e quatro deputados — tanto que, atualmente, o Brasil tem um representante no Senado (Fabio Porta, que agora foi eleito deputado) e dois na Câmara, Luis Roberto Lorenzato, que concorreu à reeleição na chapa de Fittipaldi e perdeu, e Fausto Longo, que não concorreu a nada. Caso a regra anterior tivesse se mantido, Fittipaldi seria eleito ao lado de Borghese.