Jair Renan Bolsonaro (PL), filho mais novo do ex-presidente, foi eleito para seu primeiro mandato como vereador em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. Ele foi o mais votado da cidade, com pouco mais de 3.000 votos.
“Que honra estar eleito vereador como mais votado nesta cidade que tanto amo. Farei valer cada voto de confiança em mim e continuarei honrando os princípios do meu pai e da minha família: Deus, Pátria, Família e Liberdade”, declarou Renan pelas redes sociais. “Fizemos uma campanha muito especial, noites mal dormidas e muito chão andado, mas tudo valeu a pena. Podem ter certeza que BC será muito bem representada com a direita na câmera de vereadores”, concluiu.
Aos 26 anos, o “Zero Quatro” disputou sua primeira eleição usando o nome de urna do pai, Jair Bolsonaro. Ele mora em um apartamento alugado desde o ano passado, quando foi contratado como auxiliar parlamentar no escritório do senador Jorge Seif (PL-SC), em Itapema.
Além da claque política, ele também foi apadrinhado por empresários importantes de Balneário Camboriú e região, sendo o principal deles Emílio Dalçoquio, que atua no setor de transportes e foi apontado pela Polícia Rodoviária Federal como um dos financiadores de bloqueios de estradas pelo país após a vitória eleitoral de Lula, no final de 2022.
Assim como o restante da família, Renan é cercado de polêmicas. Em março, se tornou réu por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica após a Polícia Civil do Distrito Federal apontar em investigação que ele usou informações falsas de sua empresa de eventos para conseguir empréstimos junto a bancos. O inquérito mostra que Maciel Alves, sócio e instrutor de tiro de Renan, usou um laranja para abrir uma conta bancária, além de a empresa ter informado uma receita fictícia de 4,6 milhões de reais — com a qual os empréstimos eram aprovados. A defesa afirmou que Renan foi vítima de um golpe e que esclareceria os fatos “no curso do processo”.
Em 2021, durante o governo do pai, Renan e seu preparador físico, Allan Lucena, foram alvos de investigação da Polícia Federal por suspeitas de tráfico de influência e lavagem de dinheiro após terem recebido um carro elétrico de representantes de uma empresa. Pouco tempo depois, a marca conseguiu encontro com o então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. A investigação concluiu que não houve crime.