Exército mantém 480 militares aquartelados após sumiço de metralhadoras
Principal linha de investigação é que houve furto dos armamentos, há uma semana; preocupação é que o material caia nas mãos de criminosos
Cerca de 480 militares permanecem aquartelados e incomunicáveis em Barueri há uma semana, desde que foi constatado o sumiço de 21 metralhadoras de grosso calibre do Arsenal de Guerra de São Paulo. O Exército instaurou Inquérito Policial Militar para investigar o caso, cuja principal linha de investigação é a de que houve furto, uma vez que não foram encontrados indícios de invasão no local. O Comando Militar do Sudeste está tomando depoimentos para encontrar os responsáveis.
Segundo o Exército, os militares estão “de prontidão” e colaborando com as investigações, que contam com ajuda de órgãos de inteligência e da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A situação é considerada “extraordinária”, mas com previsão administrativa. Entre os aquartelados estão oficiais de diversas patentes, comandados por um tenente-coronel. A comunicação entre eles e seus familiares é feita por intermédio de um representante do Exército.
O sumiço do arsenal foi constatado no dia 10, durante inspeção no local. Em nota, o Exército informou que “foi verificada uma discrepância no controle de 13 (treze) metralhadoras calibre.50 e 8 (oito) de calibre 7,62”. O armamento tem alto poder destrutivo e potencial para derrubar helicópteros ou romper a fuselagem de carros fortes, por exemplo. A preocupação é que esse material possa cair na mão de criminosos.
O Exército, no entanto, minimiza o risco. Segundo a nota, as metralhadoras que desapareceram eram “armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção” – ou seja, para serem reutilizadas, seriam necessários insumos específicos e alto grau de complexidade na mão de obra.