Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Ex-ministro de Lula, GDias pede ao STF para não ir à CPI do MST

Ex-chefe do GSI foi convocado para prestar depoimento na próxima semana. Defesa alega que ele não tem informações e que comissão pretende constrangê-lo

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jul 2023, 18h31 - Publicado em 24 jul 2023, 15h23

Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como GDias, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 24, contra sua convocação para depor à CPI do MST, na Câmara. A defesa do militar reformado, que deixou o GSI em abril, pede à Corte permissão para faltar à audiência.

Proposta pelo relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), a convocação do ex-ministro foi aprovada pela comissão há duas semanas e fundamentada pela alegação de que GDias deve comparecer para “relatar ações realizadas pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) no monitoramento de invasões de terra ocorridas no Brasil, no período de 01 de janeiro até 02 de março de 2023, quando sob sua gestão enquanto Ministro”.

O depoimento do general da reserva à CPI do MST está previsto para o próximo dia 1º de agosto, terça-feira da próxima semana, às 14h.

Os advogados do ex-ministro do GSI, entre os quais está o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT), condenado e preso no Mensalão, argumentam no habeas corpus ao STF que a convocação “aparenta ter natureza predominantemente política, com objetivo de constrangê-lo”, sobretudo a respeito de sua atuação durante os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília, “a fim de alimentar narrativas descabidas que se sustentam apenas nas redes sociais”.

Imagens do circuito de câmeras do Palácio do Planalto mostraram GDias na sede do governo durante a invasão, circulando entre os golpistas que depredavam o palácio, sem tomar atitudes enérgicas para removê-los de lá. O material levou à demissão do general, que também teve convocação aprovada na CPI do 8 de Janeiro. O GSI é hoje comandado pelo general Marcos Antonio Amaro dos Santos.

Continua após a publicidade

Na imagem, Gonçalves Dias no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro

A defesa também sustenta que a convocação dele à CPI não tem pertinência em relação às investigações sobre o MST. A petição diz que a ABIN ficou vinculada ao GSI sob GDias por 38 dias úteis, até ser transferida para a Casa Civil. Neste intervalo, dizem os advogados do ex-ministro, a agência não confeccionou nenhum relatório de inteligência com informações a respeito do MST e GDias “não recebeu qualquer informação sobre as invasões” do movimento.

“Observa-se, portanto, que o Paciente em nada pode colaborar sobre as ações realizadas pela Agência Brasileira de Inteligência sob sua gestão no período indicado, na medida em que não houve informação prévia alguma do sistema brasileiro de inteligência sobre o referido movimento social, investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende ouvir o Paciente”, diz o documento ao STF.

Caso a permissão para não comparecer à CPI não seja concedida, a defesa de GDias pede ao Supremo que seja garantida a ele a prerrogativa de ficar em silêncio a perguntas que não tenham relação com investigações sobre o MST, além de permissão para ser acompanhado de advogados. No início da noite desta segunda, o habeas corpus foi distribuído ao ministro André Mendonça, do STF. O Supremo está em recesso até o fim do mês, período em que a Presidência da Corte trabalha em regime de plantão a respeito de temas urgentes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.