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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Eleições: vitória de militares e policiais nas urnas é recorde desde 2012

Estudo do instituto Sou da Paz indica Rio de Janeiro e Maceió como capitais com mais agentes de segurança entre todos os candidatos

Por Bruno Caniato 12 out 2024, 20h54
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  • Soldados do BOPE patrulham as ruas da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro
    Soldados do BOPE patrulham as ruas da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro (Mauro Pimentel/AFP)

    Nas eleições municipais de 2024, o Brasil elegeu um número recorde de prefeitos e vereadores ligados às forças de segurança pública. Ao todo, foram 856 candidatos ligados às polícias e Forças Armadas vitoriosos nas urnas em todo o país, aumento de 9% em relação a 2020 e maior soma desde o pleito de 2012, quando 849 policiais e militares foram eleitos (veja a comparação anual por cargos ao final desta reportagem).

    Os dados constam em pesquisa do instituto Sou da Paz, especializado em estudos sobre violência e segurança no país. De acordo com o relatório, dentre quase 7 mil candidatos oriundos das forças de segurança, “Sargento” foi o cargo mais frequente exibido em nomes na urna, adotado por 1.350 concorrentes, seguido por “Tenente” (435) e “Cabo” (396).

    A maior participação de agentes de segurança na política municipal reflete um movimento observado, também, no poder público federal. Entre as eleições de 2010 e 2018, o total de deputados federais vindos da polícia ou Forças Armadas cresceu mais de dez vezes, passando de 10 para 42 eleitos em oito anos.

    Na avaliação do instituto, o “policialismo” das instituições de governo é um fenômeno evidente nos últimos anos e traz preocupações sobre a expansão da força política dos profissionais que, na prática, mantêm o monopólio estatal do uso da força no país. “Se os policiais querem participar da vida política eleitoral do país, é preciso cobrar
    responsabilidade — não dá para aceitar que o aparato da segurança pública seja usado para fins eleitorais, nem que o medo e a violência policial cresçam como bandeira política, em
    detrimento de propostas baseadas em inteligência e planejamento”, afirma Carolina Ricardo, diretora-executiva do Sou da Paz.

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    Rio de Janeiro lidera em presença de policiais na política

    As estatísticas indicam que o estado do Rio de Janeiro é o primeiro no ranking de participação dos agentes de segurança na política, que representaram 3,5% de todas as candidaturas municipais em 2024, seguido pelo Amapá (2,6%) e Roraima (2,2%). A região Sudeste, onde vivem 42,9% dos eleitores brasileiros, concentrou 43,5% dos candidatos ligados à polícia e Forças Armadas neste ano.

    Na comparação municipal, Rio de Janeiro e Maceió despontam como as únicas capitais entre as dez cidades com maior percentual de agentes de segurança entre os candidatos — em ambos os casos, o grupo representou 8% de todos os nomes que disputaram as urnas. Os municípios com presença militar e policial mais forte nas eleições foram Bonito de Santa Fé, na Paraíba, e Cumbe, no Sergipe, com representações de 13% e 11,1%, respectivamente.

    Candidaturas por ano e cargo

    Confira a quantidade de candidatos ligados às forças de segurança nos últimos anos, de acordo com o cargo disputado, segundo o instituto Sou da Paz:

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