A penúltima pesquisa do instituto Datafolha antes do segundo turno da eleição em São Paulo mostrou, nesta quinta-feira, 24, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) com 49% das intenções de voto dos paulistanos contra 35% do seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa reitera o cenário que já vinha sendo apontado desde os primeiros dias do segundo turno, de liderança do prefeito. No entanto, a distância entre ele e Boulos diminuiu. Na semana passada, o placar era de 51% a 33%, em uma diferença de 18 pontos — agora, a diferença caiu para 14. O número de votos brancos, nulos e de pessoas que disseram que não votarão em nenhum candidato subiu de 10% para 14%, enquanto 2% dos eleitores disseram que ainda não sabem em quem votar.
No cenário da pesquisa espontânea (quando os entrevistados falam o nome do candidato em que pretendem votar), a diferença entre os adversários fica menor. Nunes tem 40% das intenções de voto — 1% a menos do que na semana passada — enquanto Boulos tem 30%. Nessa fatia do levantamento, 5% dos eleitores disseram que votarão “no 15” ou “no prefeito atual”, números que somam ao emedebista.
Votos válidos
O Datafolha desta quinta também mostrou qual seria o cenário entre Nunes e Boulos computando apenas os votos válidos. A estatística é obtida excluindo da amostra os votos nulos, brancos e indecisos — procedimento adotado também pela Justiça Eleitoral para, depois da apuração, cravar o resultado definitivo. Nessa perspectiva, Nunes teria 58% dos votos contra 42% de Boulos.
A rejeição dos dois candidatos teve oscilações, mas ainda dentro da margem de erro. A do prefeito subiu de 35% para 37%, enquanto a do deputado caiu de 56% para 55% na pesquisa desta quinta.
Repercussão
A campanha de Nunes disse que recebeu o resultado do Datafolha com “serenidade e humildade”. “Temos a confiança de que os eleitores reelegerão o prefeito Ricardo Nunes no domingo”, diz o comunicado do prefeito. Já Boulos disse que a pesquisa “confirma o crescimento da nossa candidatura” e “expressa o sentimento de virada que a campanha já sente nas ruas”.