Collor se mostra competitivo e ameaça a hegemonia do grupo de Renan
Levantamento foi divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta quinta-feira, 7
O ex-presidente Fernando Collor (PTB), que desistiu de tentar a reeleição ao Senado para disputar o governo de Alagoas, mostra-se bastante competitivo no primeiro levantamento com o seu nome feito pelo instituto Paraná Pesquisas, entre os dias 1º e 5 de julho e divulgado nesta quinta-feira, 7.
No principal cenário, ele tem 22,8% das intenções de voto contra 24,9% do atual governador Paulo Dantas (MDB) — eles estão empatados dentro da margem de erro, que é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. Dantas é o candidato do grupo do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que comanda o estado desde 2015.
Na sequência, aparecem o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), com 17,5% — ele é apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) –, e o ex-prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSD), com 15,1%.
Nos cenários de segundo turno, Collor aparece numericamente atrás dos três principais rivais, mas sempre a uma curta distância: 34,7% contra 41,7% de Dantas; 34,2% contra 41,3% de Cunha; e 36,5% contra 39,3% de Palmeira.
Os números são promissores porque Collor se lançou candidato ao governo apenas no dia 14 de junho. Antes, ele iria tentar a reeleição ao Senado, mas aí a sua desvantagem era grande para o ex-governador Renan Filho (MDB) – tinha 22,5% contra 45,8% do emedebista, que governou o estado por dois mandatos consecutivos.
De Alagoas para o Planalto
Fernando Collor tenta voltar ao cargo que ocupou entre 1987 e 1989, de onde saiu para vencer de forma surpreendente a eleição presidencial daquele ano, superando nomes consagrados da política nacional no primeiro turno, como Mário Covas (PSDB), Leonel Brizola (PDT) e Ulysses Guimarães (MDB), e batendo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo.
A pesquisa ao governo de Alagoas foi feita por meio de entrevistas pessoais com 1.510 eleitores de 34 municípios e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº AL-07421. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos.