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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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CGU conclui que é falso registro de vacinação de Bolsonaro contra Covid-19

Apuração concluiu que o então presidente nunca esteve em unidade de saúde da zona norte de São Paulo onde teria ocorrido a suposta imunização

Por Da Redação Atualizado em 18 jan 2024, 19h44 - Publicado em 18 jan 2024, 19h41

A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou nesta quinta-feira, 18, que a sua investigação concluiu que é falso o registro de imunização contra o coronavírus que consta do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O pedido de investigação havia sido feito pelo próprio Bolsonaro no final de 2022. O caso veio à tona em maio de 2023, quando foi divulgada na internet a informação de que ele teria se vacinado no dia 19 de julho de 2021 em uma Unidade Básica de Saúde do Parque Peruche, bairro da zona norte de São Paulo. A CGU informou ter verificado inconsistências nos registros da informação,.

Segundo o órgão, durante as investigações, foi constatado, por meio de informações fornecidas pela Força Aérea Brasileira (FAB), que o então presidente sequer estava em São Paulo no dia da suposta vacinação. Ele teria voado de São Paulo para Brasília um dia antes e não teria feito nenhum outro voo até pelo menos dia 22 de julho de 2021.

Além disso, foram levantadas informações sobre o lote da vacina contra a Covid-19 que supostamente teria sido aplicada em Bolsonaro, mas tal reparte do imunizante não estava disponível naquela data na UBS em que teria ocorrido a imunização.

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Depoimentos

Na investigação foram ouvidas diversas pessoas que trabalhavam na unidade de saúde, inclusive a enfermeira indicada no cartão de vacinação como aplicadora do imunizante – ela negou que tivesse feito tal procedimento. Afirmou, ainda, que não trabalhava mais na UBS naquela data, o que foi confirmado por documentos, segundo a CGU.

Também foram feitas oitivas de funcionários em serviço na UBS no suposto dia da vacinação e todos negaram ter visto Bolsonaro no local. Da mesma forma, negaram conhecer qualquer pedido feito para registrar a imunização do então presidente da República

A CGU informou também que os depoimentos foram corroborados pela análise dos livros físicos mantidos pela UBS para registro da vacinação da população. Não foi localizado nos papéis relativos ao dia 19 de julho de 2021 a presença de Bolsonaro no local para se imunizar.

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Investigação

O órgão também disse que foi feita diligência no Ministério da Saúde e confirmada a segurança do sistema mantido pela pasta para recebimento das informações enviadas pelos estados e municípios sobre as vacinações realizadas nos postos de saúde espalhados por todo o território nacional. A CGU atestou a impossibilidade de o registro ter sido feito através do sistema mantido pelo órgão federal.

O exame, diz a CGU, também teve como objetivo verificar a eventual participação de servidor público federal nos fatos para eventual responsabilização, mas que nada foi apurado nesse sentido. A conclusão da CGU, portanto, foi que se trata de fraude ao sistema estadual de registro de vacinação contra a Covid-19. De acordo com a CGU, os resultados das investigações serão encaminhados às autoridades do estado e do município de São Paulo para adoção das providências cabíveis.

O episódio foi utilizado na época para atacar Bolsonaro, que sempre foi um crítico da imunização contra a Covid-19. Ele chegou a dizer várias vezes que nunca se vacinaria – ele nega até hoje ter se vacinado.

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