O presidente Jair Bolsonaro comentou no final da manhã desta quarta-feira, 27, a disputa pela presidência da Câmara, marcada para a próxima segunda-feira, 1º. Após uma reunião com deputados da ala bolsonarista do PSL para discutir o tema, o presidente disse que espera poder “participar e influir” na disputa para que se tenha uma relacionamento “pacífico e positivo” com a Casa.
“Acabei de fazer uma reunião com trinta parlamentares do PSL e vamos, se Deus quiser, participar e influir na presidência da Câmara com esses parlamentares, de modo que possamos ter um relacionamento pacífico e positivo para o nosso Brasil”, afirmou Jair Bolsonaro ao lado da deputada Carla Zambelli (SP), em frente ao Palácio da Alvorada.
Partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018, o PSL tem a bancada na Câmara dividida desde que o presidente deixou o partido, em 2019. De um lado estão parlamentares aliados do presidente e, do outro, críticos ao chefe do Executivo, alinhados ao presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE).
A sigla havia sido anunciada como integrante do bloco de apoio do candidato de oposição a Jair Bolsonaro, Baleia Rossi (MDB-SP), nome lançado pelo atual presidente da Casa e rival dele, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A maioria dos integrantes da bancada pesselista, contudo, reuniu assinaturas e incluiu o partido no bloco do candidato apoiado pelo Palácio do Planalto, o líder do Progressistas, Arthur Lira (AL).
Baleia tem feito críticas a interferência do governo nos bastidores para garantir a vitória do aliado. O candidato do MDB já declarou que Lira “joga sujo” para ganhar a eleição e que o governo está “coagindo” deputados de maneira ostensiva com cargos e emendas orçamentárias. Baleia Rossi também afirmou que os deputados estão com medo de sofrer retaliações.
Dois dos filhos políticos do presidente se manifestaram hoje de manhã, por meio do Twitter, e fizeram duras críticas a Rodrigo Maia.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos- RJ) disse que o presidente da Câmara mente a respeito do apoio de deputados do DEM a Baleia Rossi – o partido tem tido defecções pró-Lira – e “fica ligando para autoridades da cúpula de Brasília para articular a derrubada do presidente Bolsonaro”.
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que Maia “atrasou o Brasil” e defendeu a canditatura de Arthur Lira. “Votar no candidato do Maia para presidência da Câmara é persistir no erro”, escreveu.