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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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As desconfianças que pairam sobre o líder evangélico na Câmara

Cezinha de Madureira (PSD-SP) é alvo de críticas de colegas em meio à polêmica em torno de sucessão no comando da Frente Parlamentar Evangélica

Por Reynaldo Turollo Jr., Leonardo Lellis Atualizado em 31 jan 2022, 08h42 - Publicado em 31 jan 2022, 08h41

No comando da Frente Parlamentar Evangélica desde dezembro de 2020, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) virou alvo de desconfianças de colegas, realçadas nos últimos dias pela polêmica em torno da sucessão na coordenação da bancada, uma das mais poderosas da Câmara. Cezinha e o colega Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) fizeram um acerto para se revezarem na presidência da Frente Parlamentar. Porém, há um movimento de alguns parlamentares, deflagrado em dezembro pelo bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, para manter Cezinha no comando, mesmo que isso implique descumprir o acordo. É um grupo que acha Sóstenes muito ligado às pautas do bolsonarismo – como as da chamada pauta de costumes – e pouco aberto ao diálogo.

Do outro lado, parte dos deputados tem sérias desconfianças sobre o próprio Cezinha. O principal motivo é o projeto de lei que libera os jogos de azar no país. O parlamentar é apontado como responsável por um acordo que possibilitou votar (e aprovar), em dezembro, um pedido de urgência para o plenário finalmente deliberar sobre a descriminalização dos jogos de azar – o que está previsto para acontecer no começo deste ano. Prova de que Cezinha teria operado nesse sentido, segundo seus críticos, é que no dia da votação só foram colocados na pauta o projeto sobre os jogos e um outro sobre isenções para igrejas, evidenciando o acordo. Cezinha nega.

Sóstenes: outro ninho
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que reivindica o comando da bancada (-/Câmara dos Deputados)

A igreja dele também não inspira muita confiança à direita, segundo uma ala da bancada. O Ministério de Madureira é visto como historicamente mais próximo da esquerda do que outros setores da Assembleia de Deus. No ano passado, o petista Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com Manoel Ferreira, pai do bispo Samuel Ferreira (o padrinho de Cezinha), em um encontro que foi registrado nas redes sociais e irritou alguns evangélicos. Em dezembro, o deputado Marcelo Freixo (ex-PSOL, hoje no PSB), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, foi recebido em um culto do Ministério de Madureira e discursou para uma centena de pastores.

A lista de desconfianças inclui ainda o fato de Cezinha ser do PSD, partido de Gilberto Kassab. Na visão dos críticos, Cezinha mantém “um pé em cada canoa”. Apesar de já ter andado na garupa do presidente em uma de suas famosas “motociatas” e de fazer a defesa do governo na Câmara, Cezinha é acusado por alguns adversários de não ser bolsonarista o suficiente. Sóstenes, ao contrário, não sofre desse mal: é amigo do presidente e defensor ferrenho de suas principais bandeiras. “Independentemente das posturas do Sóstenes, o acordo tem que ser cumprido”, opina o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que conta ter participado da costura do arranjo em 2020.

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