Em meio a rumores de que líderes evangélicos ficaram incomodados com sua atuação no processo da indicação de André Mendonça para o STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Augusto Aras, se encontrou com pastores na terça-feira, 14, numa demonstração de que continua mantendo bom diálogo com o segmento. Estiveram presentes o bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus, o pastor JB Carvalho, presidente da Comunidade das Nações no Brasil e nos EUA, e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que é pastor da Igreja Presbiteriana.
Na véspera, Aras já havia realizado um evento com católicos, evangélicos e representantes da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília, como parte do projeto Respeito e Diversidade, do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Aras pleiteava a vaga no Supremo para a qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou indicando André Mendonça. Bolsonaro cumpriu sua promessa de campanha de colocar no tribunal um ministro “terrivelmente evangélico”. A sabatina de Mendonça ficou emperrada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado por quatro meses, período em que o procurador-geral continuou sendo visto como candidato à vaga. O encontro com evangélicos, para tratar de temas como intolerância religiosa e pós-pandemia, serviu também para fortalecer as pontes com a comunidade.