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Por José Benedito da Silva
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Após massacre em creche, Dino anuncia cerco a neonazistas e ódio nas redes

Ministro da Justiça também disse que articula na manhã desta quinta uma operação integrada com os estados para combater violência em escolas e universidades

Por Da Redação Atualizado em 6 abr 2023, 10h59 - Publicado em 6 abr 2023, 10h53

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na manhã desta quinta-feira, 6, na esteira do massacre de quatro crianças em uma creche de Blumenau (SC),  um pacote de medidas que visam organizações neonazistas e autores de crime de ódio nas redes sociais.

Na manhã de quarta-feira, um homem de 25 anos invadiu a Creche Bom Pastor e matou, com golpes de machadinha, quatro crianças com idades entre 4 e 7 anos e feriu outras cinco. O assassino, que depois se entregou à polícia, pode ter sido influenciado por comunidades que cultuam esse tipo de crime no submundo da internet.

“Assinei agora determinação à Polícia Federal para que instaure inquérito policial sobre organismos nazistas e/ou neonazistas no Brasil, já que há indícios de atuação interestadual”, afirmou. Segundo ele, há possível configuração de crimes previstos na Lei 7.716/89, a legislação federal que prevê crimes de preconceito de raça ou de cor.

Também nesta manhã, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) vai se reunir com delegacias estaduais de investigação e repressão a crimes cibernéticos para, segundo Dino, discutir uma operação integrada em todos os estados sobre violência em escolas e universidades.

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Segundo ele, o episódio de Blumenau é resultado de uma combinação de culto às armas e à violência, com a pregação de ódio e racismo nas redes sociais. “O acervo de causas que leva à ampliação de tragédias está bem visível: proliferação de ódio na sociedade, inclusive por uma internet desregulada e com empresas irresponsáveis; incentivos ao armamentismo e à ideologia da morte; agrupamentos nazistas e neonazistas”, afirmou.

Ataques

De acordo com a Agência Brasil, as investigações em Santa Catarina apontam que os autores do crime eram ativos em fóruns da internet, onde predominam os discursos de ódio misóginos, supremacismo branco, bullying e nazismo.

Um relatório com diagnóstico desse tipo de violência nas escolas e possíveis soluções foi elaborado na transição para o governo Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2022, intitulado “O extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às escolas e alternativas para a ação governamental.” O documento mostra que no Brasil — desde a primeira década dos anos 2000 — houve 16 ataques em escolas, dos quais quatro no segundo semestre do ano passado, com 35 mortos e 72 feridos.

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