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Anos depois, Arruda voltou para buscar sua parte na propina

Prisão do ex-governador interrompeu pagamentos de suborno; em 2013, de volta à vida pública, ele teria se movimentado para recuperar o tempo perdido

Por Guilherme Venaglia
Atualizado em 23 Maio 2017, 15h31 - Publicado em 23 Maio 2017, 13h17
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  • Em novembro de 2009, a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora, voltada a investigar um esquema de corrupção no Distrito Federal. Três meses depois, José Roberto Arruda, então governador pelo DEM foi preso e, na sequência, cassado pela Câmara Legislativa.

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    Ele ficou pouco tempo atrás das grades – em abril de 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a sua prisão. No entanto, foi o suficiente para que ele deixasse de receber os recursos de propina decorrentes de outro esquema: a construção superfaturada do estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. Na decisão que autorizou a Operação Panatenaico, que investiga as obras da arena, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira aponta que, anos depois, Arruda voltou para receber a sua parte.

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    Apontado como o responsável por combinar a fraude na licitação e acertar o esquema de repasses indevidos, o ex-governador voltou à vida pública em 2013, filiado ao Partido da República (PR) com planos de disputar novamente o governo no ano seguinte. Uma de suas medidas foi indicar o operador Sérgio Lúcio Silva de Andrade para pressionar as construtoras envolvidas na obra a pagar os valores que considerava devedores, “obtendo êxito parcial” segundo o despacho judicial – a esta altura, o governo e o esquema já estavam sob o comando de Agnelo Queiroz (PT).

    Arruda foi proibido pela Justiça Eleitoral de disputar o último pleito por ter sido condenado por improbidade administrativa. Na operação de hoje, voltou a ser preso provisoriamente e teve dez milhões de reais bloqueados pela Justiça Federal. Em 2014, Arruda foi substituído pelo vice, Jofran Frejat (PR), indo para o segundo turno contra Rodrigo Rollemberg (PSB), que acabou eleito. Outro preso nesta terça-feira, Queiroz ficou apenas em terceiro lugar e não foi reeleito.

    O advogado do ex-governador José Roberto Arruda, Paulo Emílio Catta Preta, afirmou que a narrativa apresentada no despacho é “absolutamente insustentável”. Para o defensor, não faz sentido imaginar que o ex-governador “cobraria” um valor quatro anos depois, prazo que não seria aceitável nem para pagamentos legais. Catta Preta ressaltou que o que ocorre é uma investigação que, ao final, provará a inocência de seu cliente.

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