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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A volta do cercadinho do Alvorada, o pesadelo dos moderados do governo

Após interromper a prática a pedido de aliados preocupados com as crises que suas falas causavam, presidente volta a dar declarações polêmicas a apoiadores

Por Da Redação 7 jan 2021, 17h16

O fim de 2020 e o início de 2021 trouxeram de volta um dos terrores dos auxiliares mais comedidos do presidente Jair Bolsonaro: as entrevistas e declarações alopradas dadas por ele no cercadinho do Palácio da Alvorada. As paradas para conversar com apoiadores que ficam concentrados no pequeno espaço diante da residência oficial haviam sido abolidas em meados de 2020 por influência de nomes como o ministro das Comunicações, Fábio Faria, um dos responsáveis pelo banho de moderação no capitão. A ideia era impedir falas que, não raro, criavam crises com o Congresso ou com o Supremo Tribunal Federal e dificultavam a articulação política do governo.

No início de dezembro, o presidente já demonstrava que voltaria a bater ponto no local. No dia 9 daquele mês, citando a falsa teoria do prefeito de Itajaí (SC) de que a ozônioterapia cura a Covid-19, Bolsonaro fez uma piada homofóbica com pessoas infectadas pelo coronavírus, dizendo que muitos procurariam a cidade em busca do “tratamento”, pela via retal. “Mas não pergunta onde é a aplicação não (risos). Tinha muita gente indo pra lá tomar ozônio [dizendo] ‘estou com Covid’ (risos)”, declarou.

Nos últimos dias, os primeiros de 2021, no entanto, o cercadinho voltou a ser púlpito de um Bolsonaro raiz, que, diante de militantes e jornalistas, enfileirou declarações com potencial de criar crises variadas, além de atacar desafetos. Na terça-feira, 5, o presidente afirmou que “o país está quebrado” e por isso ele não “consegue fazer nada”. A declaração pegou mal no mercado e entre a classe política, a ponto de o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter se apressado a vir a público para amenizar as declarações do chefe, explicando que ele se referia ao setor público.

Nesta quinta-feira, 7, dia seguinte à invasão do Capitólio, em Washington, que interrompeu a validação pelo Congresso da eleição do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, Bolsonaro deu outra declaração preocupante, com a convicção de quem poderia adotar a mesma postura de seu ídolo, Donald Trump, caso perca a reeleição: “Se não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar os votos, nós vamos ter problemas maiores que os Estados Unidos”.

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Em outra volta ao passado recente, ainda nesta quinta o presidente atacou a imprensa, à qual havia dado alguma trégua desde a intervenção de Faria e companhia. O alvo foi sobretudo o apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner, e sobrou também para o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o influenciador digital Felipe Neto.

Os moderados do entorno do presidente terão, ao que tudo indica, trabalho redobrado em 2021.

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